“Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão,estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”Ex 14:15,16
A palavra Êxodo quer dizer “Saída”. Este é o livro da bíblia que conta a passagem considerada mais importante da história do povo de Israel: a saída dos israelitas do Egito, onde viviam como escravos no Egito. Essa libertação deu origem a primeira páscoa. Ao longo de 40 capítulos o livro relata além dos detalhes sobre a vida de escravidão, o nascimento e grande parte da vida de Moisés. Inclusive, a autoria do livro é atribuída a ele, profeta que viveu por volta de1400 AC.
O livro de Êxodo traz a continuidade da geração de José (filho de Jacó), momento em que seus filhos prosperaram e eram numerosos, e viviam num tempo cujo Faraó não conheceu José, e dessa forma, não tinha consideração pelos israelitas, chegando a ordenar às parteiras que matassem todos os meninos que nascessem para que os hebreus não prosperassem (Elas temiam ao Senhor e não cumpriram o que fora ordenado, justificando que as hebréias eram fortes e tinham seus próprios filhos). Neste tempo, a própria mãe de Moisés o escondeu num cesto e o colocou no rio (pouco depois de seu nascimento), próximo ao momento que a filha do faraó costumava banhar-se, e com a ajuda da irmã do menino, a filha do faraó teve compaixão e o criou, como egípcio. Mesmo sendo criado como príncipe do Egito, não se conteve e defendeu um escravo hebreu, se tornando um foragido após matar um egípcio que o agredia.
Anos mais tarde, casado, morando em Mídia, trabalhava no campo quando o Senhor falou a Moisés por meio de uma sarça ardente. No diálogo entre eles o Senhor encoraja a Moisés que retorne ao Egito, pois já havia morrido quem o queria matar; além de dar sinais a Moisés (com o cajado que se transformava em cobra, e a mão ora leprosa ora curada) que seria com ele. O motivo maior desse chamado seria a compaixão de Deus, ao ouvir o clamor do povo escravizado e se lembrar da aliança feita com Abraão, e seus descendentes Isaque e Jacó.
Neste livro estão detalhadas as 10 pragas enviadas ao Egito para que o povo fosse libertado: as águas dos rios que se tornaram sangue, as rãs, piolhos, moscas, peste em animais, úlceras, chuva de pedras e fogo, gafanhotos, trevas durante 3 dias, e a morte dos primogênitos de todas as famílias egípcias. Quando finalmente Faraó consentiu em libertar o povo, saíram todos às pressas, carregando pertences e pães sem fermento. O ápice dessa trajetória ocorre diante do Mar Vermelho, quando Senhor fala com Moisés para tocar como cajado no mar e ele se abre, para o povo passar, já que Faraó havia se arrependido e estava com seus servos atrás, tentando alcança-los para faze-los voltar escravizados.
O povo então liberto, passa viver no Deserto, na expectativa de alcançar a terra prometida, e neste tempo surgem as primeiras leis acerca da arca da aliança, da adoração e construção dos templos, os consagrados 10 mandamentos: Não terás outros deuses diante de mim; Não fará imagem de escultura; Não tomarás o santo nome de Deus em vão; Santificarás o sábado; Honrará teu pai e tua mãe para que se prolonguem os dias na terra que o Senhor teu Deus te dá; Não matarás; Não adulterará; Não furtará; Não dirás falso testemunho contra teu próximo; Não cobiçarás a mulher e os bens do teu próximo.
Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, e estudo. 2 ed, Barueri SP: sociedade Bíblica do Brasil 2009.
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biblia/exodo/