Alexandre Magno

Por Pedro Eurico Rodrigues

Mestrado em História (UDESC, 2012)
Graduação em História (UDESC, 2009)

Categorias: Biografias
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Alexandre Magno nasceu em 356 a.C. e em seu curto tempo de vida foi um dos mais emblemáticos líderes políticos da antiguidade. Filho do Rei Felipe II da Macedônia, herdou o trono do pai que morreu em combate. O período posterior à Guerra do Peloponeso, vencida pela Liga do Peloponeso liderada por Esparta, foi um momento de muitas disputas entre as cidades gregas, que por causa de tantos ataques e constantes batalhas ficavam suscetíveis a ataques externos. Neste período os espartanos foram dominados por Tebas, os persas voltaram a atacar as cidades gregas.

Busto de Alexandre, O Grande, esculpido em Alexandria aproximadamente 200 a.C., em exibição no Museu Britânico, em Londres. Foto: Spiroview Inc / Shutterstock.com

Os macedônios, liderados por Felipe II, buscavam expandir seu império. Em 338 a.C. o rei morreu, mas deixa seu trono para Alexandre, seu filho. Alexandre foi um grande conquistador e comandante militar e, além de manter os domínios já conquistados por Felipe, expandiu o império em direção ao oriente. Viajou e conquistou regiões como a Síria, o Egito e a Pérsia, dentre outras. Por isso ficou conhecido como Alexandre, o Grande. Ele seguiu os projetos do pai – e de muitos gregos – de conquistar os persas.

Alexandre fora aluno de Aristóteles e teve toda a sua educação como grego e levava, para as cidades conquistadas no oriente, a cultura grega. Estudou lógica, filosofia e ética e era grande admirador de Ilíada, obra de Homero. Por isso procurou fundar cidades no modelo grego, construindo ginásios e templos. Mas, com a sua morte em 323 a.C., suas conquistas foram divididas entre os sucessores e seu império repartido.

Entretanto não é possível afirmar que Alexandre tenha sido responsável por uma helenização do oriente, pois boa parte das regiões manteve sua língua e sua cultura local. Entende-se que houve uma troca de culturas: a cultura grega com a dos povos conquistados. Por mais que se fale na construção de diversas cidades ao longo do Mediterrâneo, baseadas na cultura grega, somente no Egito se viu essa experiência de forma mais aprofundada e mais perene. Por isso considera-se como centro da cultura helenística a cidade de Alexandria, no Egito. Ela abrigou a maior biblioteca do mundo antigo, a Biblioteca de Alexandria. Estudiosos como o historiador Norberto Guarinello afirmam que o helenismo foi uma forma de difusão da cultura grega não entre todos os povos, mas sim entre as elites das cidades que se desenvolveram.

Após sua morte seu império foi dividido entre seus sucessores, que ocuparam os domínios do Egito, da Ásia e da Macedônia com a força militar, formando novas elites e promovendo uma divisão das terras entre os reis.

Alexandre, o Grande, foi o responsável pela conquista de parte do oriente e pela expansão da cultura grega. Além disso, foi ele que liderou as conquistas militares sobre importantes povos da antiguidade, como os Persas, que há muito tempo entravam em conflito com os gregos.

Alexandre foi sepultado e enterrado na cidade de Alexandria, no Egito. Sua liderança política e militar inspirou outros líderes do mundo antigo, especialmente romanos. O curioso é que, mesmo tenho falecido cedo, aos 32 anos, a causa de sua morte não foram as diversas batalhas que enfrentou. Ele saiu de todas invicto. Estima-se que tenha morrido devido a uma doença, possivelmente malária, mas ainda não há estudos que comprovam a causa de sua morte.

Referências:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2010.

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