Carlo Ginzburg é um renomado Historiador e Antropólogo italiano.
Nascido no dia 15 de abril de 1939 na cidade de Turim, Itália, Carlo Ginzburg é filho do tradutor Leone Ginzburg com a romancista Natalia Ginzburg. Durante sua formação, foi aluno da Escola Normal Superior de Pisa e continuou os estudos no Instituto Warburg, já em Londres, Inglaterra.
Carlo Ginzburg se formou em História e passou a lecionar na Universidade de Bolonha, na Itália. Mas logo o italiano se mudou para a América onde passou a lecionar nas universidades de Harvard, Yale, Princeton e da Califórnia. Nesta, Carlo Ginzburg ocupou durante duas décadas a cadeira de Renascimento Italiano no Departamento de História. Sua atividade em Los Angeles começou no ano de 1988 e, na metade da primeira década do século XXI, o italiano regressou ao seu país de origem para lecionar cultura europeia na mesma Escola Normal Superior de Pisa onde teve sua formação.
Carlo Ginzburg está entre os intelectuais mais notáveis da Itália e seus livros já foram traduzidos para 15 línguas. Estando entre os pioneiros, tornou-se um dos principais nomes da Microhistória, escola historiográfica que reduz a escala de observação e dá notoriedade a fatos relevantes que são ignorados dentro de um contexto construído de forma generalizadora, além de utilizar como recurso documental uma série de fontes que não era considerada pela história tradicional.
A publicação do livro Os Andarilhos do Bem rendeu a Carlo Ginzburg grande reconhecimento ao analisar crenças religiosas populares no início da Idade Moderna, enfocando-se em uma comunidade camponesa do século XVI e utilizando como fontes processos inquisitoriais. Entretanto o grande sucesso, que o tornou mundialmente conhecido, foi o livro de 1976 chamado O Queijo e os Vermes. Nesta obra, aborda a vida de um camponês italiano, conhecido como Menocchio, que é considerado herege e perseguido pela inquisição.
Além dos já citados, ganham destaque ainda os seguintes livros: História Noturna (1991), Mitos, Emblemas e Sinais (1989) e Olhos de Madeira (2001). Seus textos e a metodologia inovadora de pesquisa baseada no aprofundamento da vida de um indivíduo ou de uma comunidade para revelar detalhes de uma época lhe renderam vários prêmios, com destaque para o Prêmio Antonio Feltrinelli, em 2005, em razão de sua contribuição para a ciência histórica, e o Prêmio Balzan, em 2010, como personalidade das artes e da cultura. Carlo Ginzburg é membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciências e é colaborador de importantes revistas das Ciências Humanas, tais como: Past and Present, Annales e Quaderni Storici.
Fontes:
http://normalenews.sns.it/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=263
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biografias/carlo-ginzburg/