Catarina, a Grande

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A Imperatriz nascida na Prússia em 1729, mais precisamente na cidade de Stettin, foi a grande modernizadora do Império Russo apesar de ser uma estrangeira. Em 34 anos ela governou com obstinação de maneira absoluta estendendo as fronteiras do Império, promovendo as artes e promulgando leis para melhorar o ensino, além de realizar uma verdadeira reforma na administração.

Sophie Friederike Auguste, princesa von Anhalt-Zerbst, como era seu nome antes de se casar com Pedro III, mantinha contato com filósofos como Diderot e Voltaire, que foi quem a apelidou de “Catarina, a Grande”, além de outros enciclopedistas franceses, tendo sido influenciada por suas idéias na maneira de governar.

Sophie foi chamada por sua tia a czarina Isabel para que se casasse com seu filho adotivo Pedro de Hosltein-Gottorp. O casamento arranjado é realizado em 1745 e Sophie passa a se chamar Catarina Alexievna, aderindo à religião ortodoxa grega. Bem no ano de seu casamento o azarão Pedro contraiu varíola e ficou com cicatrizes no rosto pelo resto de sua vida além de ter perdido boa parte do cabelo. Assim e considerando que ambos nem se conheciam antes do casamento, tanto Pedro III quanto Catarina, costumavam manter amantes sendo que Catarina, de forma nada confidencial, mantinha preferência por Gregori Orloff, que fazia parte do exército e tinha algumas fãs na corte.

O conhecimento sobre as traições era recíproco ao casal e considerado normal, mas Pedro III temia a influência de Gregory sobre Catarina, ainda mais pela fama de seu irmão, Alexei Orloff, conhecido como um sanguinário. E Pedro III tinha mesmo o que temer.

Gregory estava arquitetando um plano para derrubar o czar, mas a história vazou e ele teve que tomar uma medida desesperada: ou Catarina dava um golpe de Estado e tomava o poder, ou ambos corriam o risco de serem decapitados. Assim, junto com os irmãos Orloff, Catarina mexeu os pauzinhos e em 1762 depôs Pedro III que havia governado de maneira desastrosa e descontentado grande parte da população, principalmente do clero após lhes retirar alguns direitos, não encontrando, por isso, muita resistência da corte.

Só que Alexei ainda temia que Pedro tentasse alguma coisa e resolveu acabar de vez com o perigo por conta própria. Catarina ficou sabendo somente depois que seu marido havia sido estrangulado, mas tratou de espalhar a notícia de que ele havia morrido de cólicas violentíssimas. Só que ninguém era bobo. A notícia causou um estardalhaço em toda a Europa e Catarina percebeu que se mantivesse os irmãos Orloff por perto correria sérios riscos. Assim, ela cortou suas relações com Gregory tratando de arrumar outro amante, o Conde de Potemkin, unindo o útil ao agradável já que ele era alguns anos mais novo que Gregory.

Contudo, todas estas extravagâncias de sua vida pessoal não a impediram de governar de forma exemplar o Império Russo e transformá-lo na maior potência da Europa na época. Catarina enfrentou durante todo seu reinado os ataques do Império Otomano, porém saiu vitoriosa em todas as ocasiões.

Além disso, ela era uma fervorosa defensora das artes e da cultura, tendo inaugurado a Universidade de Moscou em 1783 e uma academia para o desenvolvimento da literatura russa. Ela reduziu o emprego da tortura e da pena de morte na Rússia e no campo da política externa, Catarina alargou as fronteiras do Império ao anexar partes da Polônia, da qual ela participou ativamente do processo de divisão, da Ucrânia Ocidental, Lituânia e Bielorússia. Em 1783 ela anexa a Criméia fazendo com que o Império chegue ao Mar Negro.

Deixando apenas um filho, Paulo I, Catarina, a Grande, morreu em 1796 em Tsarkoie Selo, perto de São Petersburgo, pouco depois de ter preparado uma invasão a República Francesa.

Fontes
http://www.vidaslusofonas.pt/catarina_ii.htm
https://web.archive.org/web/20080531174624/http://www.dec.ufcg.edu.br:80/biografias/Catarina.html

Arquivado em: Biografias
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