Charlens Dickens

Por Thais Pacievitch
Categorias: Biografias, Escritores
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Charlens Dickens foi um escritor britânico. Nasceu em Portsmouth no dia 7 de fevereiro de 1812 e faleceu no dia 9 de junho de 1870. Em 1822, sua família mudou-se de Kent para Londres e, dois anos mais tarde, seu pai foi preso em razão de estar endividado. Foi assim que o futuro escritor começou a trabalhar em uma fábrica de calçados, onde conheceu as duras condições de vida das classes mais humildes e a cuja denúncia dedicou grande parte de sua obra.

Retrato de Charlens Dickens (1860's). Foto: Everett Historical / Shutterstock.com

Dickens foi autodidata, se excluídos os dois anos que cursou em escolas privadas. Conseguiu emprego como estagiário em um escritório de advocacia em 1872, mas já tinha aspirações de ser dramaturgo e jornalista. Aprendeu taquigrafia e, pouco a pouco, começou a ganhar dinheiro com o que escrevia. Começou redigindo crônicas de tribunais com o objetivo de, mais tarde, chegar a ser jornalista parlamentar e finalmente, sob o pseudônimo de Boz, publicou uma série de artículos inspirados na vida cotidiana de Londres.

No mesmo ano, casou-se com Catherine Hogarth, filha do diretor do Morning Chronicle, o jornal que difundiu, entre 1836 e 1837, o folhetim de Os Papéis Póstumos do Clube Pick Wick e os posteriores Oliver Twist e Nicholas Nickleby. A publicação de todas suas novelas criou com seus leitores uma relação especial, sobre o qual chegou a exercer uma importante influência, visto que em suas novelas emitiu pronunciamentos sobre os assuntos do seu tempo.

Durante aqueles anos, seu estilo literário evoluiu da superficialidade à atitude mais socialmente comprometida de Oliver Twist. Estas primeiras novelas lhe proporcionaram um grande êxito popular e lhe renderam certo renome entre as classes ricas e cultas, fato que o fez ser honrosamente recebido nos Estados Unidos em 1842. Mas, logo em seguida, Dickens desiludiu-se com a sociedade estadunidense, percebendo nesta os velhos vícios do velho continente. Suas críticas, refletidas em uma série de artigos e na novela Martin Chuzzlewit, causaram indignação nos Estados Unidos e esta novela também lhe impôs fracasso no Reino Unido. Contudo, a admiração do seu público voltou quando Dickens escreveu, em 1843, Canção de Natal.

Depois de algumas viagens à Itália, Suíça e França, realizou algumas incursões no campo teatral e fundou o Daily News, periódico que teria curta existência. Sua fase madura aconteceu com Dombey e Filho (1848), novela na qual alcançou um controle quase perfeito dos recursos novelísticos e cujos argumentos planejou até os últimos detalhes. Em 1849, fundou a Houseold Word, semanário no qual, além de difundir textos de autores pouco conhecidos, feito seu amigo Wilkie Collins. Publicou A Casa Deserta e Tempos Difíceis, duas das obras mais perfeitas de sua produção.

Apesar dos dez filhos que teve durante o matrimônio, Dickens divorciou-se em 1958, devido às dificuldades provocadas por suas relações extraconjugais. Acredita-se que o divórcio ocorreu graças à paixão do escritor por uma jovem atriz chamada Ellen Teman. Naquele mesmo ano, viajou pela Inglaterra e pela Irlanda, onde leu publicamente fragmentos de sua obra. Comprou a casa onde havia passado sua infância e fez dela sua residência permanente.

O giro, iniciado em 1867, pelos Estados Unidos confirmou sua notoriedade mundial e, assim, foi aplaudido em longas e cansativas conferências, entusiasmou o público com leituras de suas obras e chegou a ser recebido pela rainha Vitória pouco antes de sua morte, acelerada pelas sequelas de um acidente ferroviário que deixou sua saúde debilitada.

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