Pertencente de família nobre, filho de Maria da Glória da Graça e de Temístocles da Silva Maciel Aranha, José Pereira da Graça Aranha, mais conhecido como Graça Aranha, teve sua infância rodeada de cultura e de nobreza, o que lhe acrescentou muito conhecimento. Depois de se formar em Direito pela faculdade de Recife, iniciou sua carreira na magistratura, assumindo o cargo de juiz no Estado de Espírito Santo, no município de Santa Leopoldina, o exercício da função colaborou com a criação de sua mais ilustre obra “Canaã” que foi publicada em 1902.
Desde então, Graça Aranha tornou-se um escritor brilhante, viajou por diversos países, adquirindo muitos conhecimentos e influências, os quais foram aplicados em suas obras, na literatura brasileira. Em 1911, publicou na França o drama “Malazarte”, posteriormente, já no Brasil, publicou “A estética da vida” e “A correspondência de Joaquim Nabuco e Machado de Assis”.
Durante a grandiosa Semana de Arte Moderna, conhecida como Semana de 1922, realizada em São Paulo no Teatro Municipal, o já afamado escritor Graça Aranha, critica em fortes expressões todas as instituições que tentavam impor regras estéticas. No dia 13 de Fevereiro de 1922, o escritor realiza a conferência intitulada “A emoção estética na Arte Moderna”. Já na conferência chamada “O Espírito Moderno”, quando o escritor já era considerado como chefe de movimento renovador da literatura brasileira, sua interpretação sacudiu o momento literário do país, corroborando com a sua posição.
Graça aranha desligou-se da Academia Brasileira de Letras em 18 de outubro de 1924, criticando-a fortemente, por ter seu projeto elaborado rejeitado, e viajou para fora do Brasil. Ao aposentar-se de sua profissão, volta ao Brasil após a Primeira Guerra Mundial.
Pouco depois de retornar ao Brasil, foi convidado a fazer parte da Academia de Letras novamente, mas grato pelo convite respondeu: “A minha separação da Academia era definitiva”, e, mais: “De todos os nossos colegas me afastei sem o menor ressentimento pessoal e a todos sou muito grato pelas generosas manifestações em que exprimiram o pesar da nossa separação”. Em 1930 publicou “A viagem maravilhosa” ora elogiada pelos críticos, ora atacada.
Graça aranha, romancista, ensaísta, diplomado, escritor, fundador da Academia Brasileira de Letras, a qual entrou sem ter nenhum livro publicado, faleceu no Rio de Janeiro no dia 26 de Janeiro de 1931.
Principais Obras
- Canaã, 1902.
- Malazarte, 1911.
- Estética da vida, 1921.
- Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, 1923.
- O Espírito Moderno, 1924.
- Manifesto de Marinetti e seus companheiros, 1926.
- A viagem maravilhosa, 1929.
- O meu próprio romance, 1931.
- Obra completa, org. Afrânio Coutinho, 1969.
Referências:
Academia Brasileira de Letras. Disponível em: <http://www.academia.org.br/academicos/graca-aranha/biografia>
Estadão. Disponível em: <http://acervo.estadao.com.br/noticias/personalidades,graca-aranha,957,0.htm>