O artista norte-americano Jean-Michel Basquiat nasceu no dia 22 de dezembro de 1960, no bairro do Brooklin, em Nova Iorque. Seu pai, Gerard Jean-Baptiste Basquiat, era ex-ministro do interior no Haiti; a mãe, Mathilde Andrada, era de origem porto-riquenha. Ele era o primogênito entre três filhos de uma família abastada.
Precoce, ao completar três anos de idade Jean já traçava caricaturas e copiava figuras que então povoavam os desenhos que ele gostava de assistir na TV. Ele se torna famoso, inicialmente, por seus grafites, na sua própria terra natal, depois se destaca como artista neo-expressionista.
Seu talento foi lapidado pela mãe, que o estimulava a desenhar, criar pinturas e a interagir com tudo que se relacionasse à esfera das artes. Outro fator que o incentivou a seguir este caminho foi um acidente sofrido em sua infância, quando ele tinha apenas sete anos e foi atropelado. Nesta ocasião seu braço foi despedaçado e ele teve que passar por uma intervenção cirúrgica.
Durante sua recuperação, um presente materno gerou o interesse inusitado do garoto pela anatomia humana, o livro intitulado Gray’s Anatomy. Futuramente suas representações detalhadas da anatomia humana revelariam o quanto ele foi influenciado pelas imagens que visualizou nesta época. Até mesmo uma breve incursão pela carreira musical, com a criação de uma banda, em 1979, teve o reflexo deste momento – ela foi denominada Gray’s e dominou por algum tempo o cenário nova-iorquino.
Aos seis anos o menino Jean tinha como um de seus programas culturais preferidos visitar o Museu de Arte Moderna, MOMA, chegando até mesmo a adquirir uma identificação de sócio-mirim. Em 1977, quando tinha 17 anos de idade, ele e Al Diaz, um amigo, optaram pela grafitagem em edificações desabitadas de Manhattan.
Ambos deixavam sempre uma marca nas imagens por eles criadas – ‘SAMO’ ou ‘SAMO shit’, abreviatura da expressão "same old shit", traduzida como ‘a mesma merda de sempre’. Esta manifestação provocou nas pessoas o desejo de compreender os objetivos dos grafiteiros, mas este cometimento artístico teve fim com a inscrição “SAMO is dead” ou SAMO está morto impressa nas paredes de prédios do SoHo de Nova Iorque.
Basquiat deixa a escola secundária pouco antes da conclusão do curso, em 1978, e vai vender nas ruas camisetas que ele mesmo pinta. Ele se torna gradualmente conhecido, e integra o elenco do filme Downtown 81, que narra como um artista jovem mantém seu sustento. Essa questão é embalada por expressões artísticas da década de 80, tais como hip hop, new wave e graffiti.
O artista se tornou mais célebre em 1980, quando integrou uma mostra coletiva – The Times Square Show - financiada por uma empresa denominada ‘Colab’. Um ano depois, sua trajetória profissional foi alavancada mundialmente de uma vez por todas, graças a uma crítica positiva escrita por René Ricard, um nome de grande destaque nos meios culturais da época.
1982 foi um ano decisivo em sua vida, pois ele passou a circular nos circuitos artísticos ao lado de ‘experts’ como Julian Schnabel, David Salle e outros tantos curadores, colecionadores de arte e estudiosos desta área, vistos na época como adeptos do ‘neo-expressionismo’. Nesta mesma época ele se envolveu afetivamente com a então anônima Madonna, e travou contato com o artista pop Andy Warhol, com o qual Jean estabeleceu fecunda parceria profissional.
Em 1984, porém, Jean estava completamente viciado em heroína e os companheiros se preocupavam com seu destino. Mesmo assim, no dia 10 de fevereiro de 1985 o artista tornou-se capa do célebre veículo The New York Times, o que lhe rendeu mostras internacionais nas mais conhecidas capitais da Europa.
Jean morreu de overdose em 1988, no próprio estúdio. Sua vida foi levada às telas postumamente, sob a direção de seu amigo Schnabel, protagonizado por Jeffrey Wright. Suas obras ainda causam profunda impressão em artistas contemporâneos e, não raro, são negociadas em leilões de arte por preços muito elevados.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Michel_Basquiat
http://educacao.uol.com.br/biografias/basquiat.jhtm