Laurentino Gomes nasceu no ano de 1956, na cidade de Maringá, no Paraná. Formou-se em Jornalismo na Universidade Federal do Paraná e fez pós-graduação na área de Administração, na Universidade de São Paulo (USP).
Especializou-se em vários cursos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra e em Vanderbilt, nos Estados Unidos.
Há trinta anos atuando como jornalista, trabalhou como repórter e editor para diversos veículos de comunicação do Brasil, entre eles o jornal O Estado de São Paulo e a revista Veja. Atualmente dirige uma unidade da Editora Abril responsável pela publicação de 23 revistas segmentadas.
Além de exercer a função de jornalista, é responsável também pela publicação do livro 1808, para adultos, e da versão juvenil do mesmo, com aquarelas da artista plástica gaúcha Rita Brugger.
Esta obra, direcionada a estudantes e adolescentes, foi publicada em abril de 2008, pela Editora Planeta.
O livro conta a verdadeira história que cerca a saída as pressas da família real para o Rio de Janeiro, este importantíssimo fato histórico se deu em uma das etapas mais cativantes e revolucionárias que envolviam o Brasil, Portugal e o mundo.
As Guerras Napoleônicas, as Revoluções Republicanas e a Escravidão foram o estopim para a transferência da corte portuguesa para o Brasil e sua decisão de aqui permanecer.
O objetivo deste livro, fruto de dez anos de pesquisa jornalística, é recuperar a verdadeira identidade do nosso país e colaborar para que os nossos estudantes tenham o direito à verdade, pois o futuro do país está nas mãos deles.
Em uma linguagem simples e clara, o autor afirma que, apesar de se dizer que o Brasil foi descoberto a 22 de abril de 1500, ele de fato começou a existir a 07 de março de 1808 quando D. João desembarcou na Baía de Guanabara, transformando o Brasil na sede da monarquia.
Tal mudança foi resultado de um lento processo de luta pela liberdade, o Brasil não queria continuar sendo uma colônia submissa de Portugal e aos poucos foi ganhando seu espaço e se transformando em um país independente. Muitas mudanças contribuíram para esta longa jornada, como a abertura dos portos, a criação de universidades, a fundação do Banco do Brasil, a construção de estradas, o nascimento das fábricas, a criação da imprensa e da Polícia Militar, o surgimento do Jardim Botânico entre várias outras melhorias.
A Biblioteca Real se instalou com muita pompa, em uma colônia em que até aquele momento a leitura de livros e jornais não eram permitidos. A economia açucareira e o ciclo do ouro decaíram, fortalecendo a economia em centros como Rio de janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
O livro tem 29 capítulos com gravuras de historiadores e pintores da época famosos como: Goya, Debret, Rugendas, Henderson e Chamberlain.
Não podia faltar nesta obra histórica um mapa da viagem de D. João e uma “linha do tempo” que expõe os mais importantes eventos que ocorreram entre a Revolução Francesa e a Independência do Brasil no mundo e no Brasil.
O autor relata em uma passagem de seu livro o amor que D. João VI sentiu pelo Brasil assim que aqui chegou, tanto que quando se viu na obrigação de voltar para Portugal pediu ao seu filho, D. Pedro I que decretasse a Independência imediata do Brasil para que este permanecesse sob domínio de Portugal.
Para Gomes, é preciso estudar história do Brasil para se poder compreender as tantas mudanças pelas quais o país vem passando atualmente.
Laurentino Gomes ganhou pelo seu livro o Prêmio "Ensaio, Crítica e História Literária" da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Desde que foi publicado, em cerca de oito meses, “1808” vendeu mais de 350 mil exemplares e está a 35 semanas em primeiro lugar no ranking da Revista Veja como um dos livros mais vendidos do país e a meta da Editora Planeta, é vender meio milhão de exemplares até o final deste ano.
Laurentino Gomes espera que em breve esta obra-prima se torne leitura obrigatória nas escolas estaduais, públicas, particulares, cursinhos e até mesmo nas universidades, pois é uma referência e uma homenagem ao Brasil.