Manuel de Araújo Porto-Alegre

Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

Categorias: Biografias
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Manuel de Araújo Porto-Alegre foi um intelectual brasileiro de várias atividades no século XIX.

Filho de Francisco José de Araújo e de Francisca Antonia Viana, Manuel José de Araújo nasceu no dia 29 de novembro de 1806 na cidade de Rio Pardo. Somente anos mais tarde, depois da Independência do Brasil, seu nome foi modificado para Manuel de Araújo Porto-Alegre. Aos 27 anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro onde se matriculou na Escola Militar do Rio de Janeiro. Aproveitando de suas noções em pintura e desenho, matriculou-se durante as férias da escola na Academia Imperial de Belas Artes e foi aluno do francês Jean Baptiste Debret. Este se tornou seu mestre e amigo, com o qual viajou para Paris no ano de 1831. Até 1837, viajou pela Europa estudando artes e voltou para o Brasil desenvolvendo atividades de arquiteto, professor de desenho, poeta, crítico e historiador da arte.

Manuel de Araújo Porto-Alegre tornou-se um profissional gabaritado e um respeitado intelectual. Além de ser membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e diretor da Imperial Academia de Belas Artes, entrou também na carreira política e foi vereador pelo Rio de Janeiro e diplomata brasileiro.

A carreira diplomática de Porto-Alegre se iniciou no ano de 1857, o que o levou a viver fora do Brasil. Em um primeiro momento, morou na Prússia. Depois mudou-se para Dresden e, por fim, residiu em Lisboa. Em 1874, recebeu do Imperador Dom Pedro II o título nobiliárquico de barão de Santo Ângelo.

Manuel de Araújo Porto-Alegre marcou-se na história das artes brasileiras. Foi o primeiro a publicar uma caricatura no Brasil. Produziu uma série de litografias, escreveu uma peça de teatro, foi editor da revista Lanterna Mágica, além de grandes pinturas a óleo, aquarelas e painéis decorativos. É autor de um dos mais famosos quadros de Dom Pedro I, o qual se encontra no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

O intelectual brasileiro faleceu em Lisboa no dia 30 de dezembro de 1879, quando era diplomata. Seus restos mortais foram trazidos para o Brasil apenas em 1922.

Fontes:
http://www.ihgb.org.br/acervo311.php?f=ACP000043
https://web.archive.org/web/20120129002124/http://www.margs.rs.gov.br:80/ndpa_sele_manuel.php

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