A arquiduquesa da Áustria e Rainha da França de 1774 até 1789, ano da Revolução Francesa, Maria Antonieta Josefa Joana Von Habsburgo-Lorena nasceu em Viena, no dia 2 de novembro de 1755. Ela era a caçula da Imperatriz Maria Teresa de Habsburgo e de Francisco Estêvão de Lorena, Imperador do Sacro Império Romano Germânico.
A menina cresceu no ambiente vienense, contemporânea do grande compositor clássico Mozart. Ela foi criada em um contexto católico austero e seu matrimônio, em 1770, aos 14 anos, com o delfim francês Luís Augusto, detentor em 1774 do trono francês, com o título de Luís XVI, foi planejado por sua mãe, com o objetivo de unir a dinastia dos Habsburgos com a dos Bourbons, golpeando definitivamente qualquer pretensão política da Prússia e da Inglaterra.
Ao chegar a Versalhes, enquanto delfina, Maria Antonieta substitui grande parte de suas damas de companhia por jovens que primam pela elegância. Ela se deslumbra com corridas de cavalo, festas, vai a óperas, teatros, integra os bailes da corte. Muitas vezes o delfim a deixava sozinha com as amigas, não se importando muito com isso. Mas a futura rainha não fazia concessões apenas às futilidades, ela nutria profunda simpatia pela filosofia política, por história e literatura.
Enquanto Luís XVI, já no trono, tenta sanar a crise econômica que avassala o reino, através de mudanças fiscais e renovações na gestão da corte, atraindo para si a adversidade aristocrática, a agora rainha Maria Antonieta, paralelamente às suas atividades na corte, esforça-se para ter um filho, Finalmente, em 1781, nasce Maria Teresa Carlota, e a jovem mãe recebe de seu marido, como recompensa, o famoso Petit Trianon, um pequeno palácio localizado na região de Versalhes, o qual se torna seu recanto preferido, pois é circundado por um ambiente rural.
O rei, incapaz de atingir as mudanças planejadas, reúne, em 1788, os Estados Gerais, composto pelo clero, pela nobreza e pelo Terceiro Estado, integrado pela emergente classe média, trabalhadores das cidades e do campo. Enquanto isso, Maria Antonieta assume hábitos mais modestos, o que reflete inclusive em seu figurino, e passa a frequentar assiduamente o Petit Trianon. É possível que neste refúgio ela tenha conhecido seu amante, o conde Fersen.
Esta era tranquila não dura muito, pois logo eclodem alguns casos controvertidos relativos à vida palaciana, transformando-se em manchetes nos jornais, sempre com cunho político, e neste mesmo período a França sofre com um inverno severo que destrói a safra agrícola e mergulha o povo francês na fome, na miséria e no frio. Tem início a decadência do reinado de Maria Antonieta e do Rei Luís XVI. Desencadeia-se uma campanha difamatória contra a Rainha, que se torna culpada por toda a situação financeira do reino. Vários estudiosos negam que ela tenha, por exemplo, proferido a famosa frase: "Se o povo não tem pão, que coma brioches".
A Rainha demonstra ter mais pulso firme que seu companheiro durante a insurreição política. Em 1789 eles são presos no Palácio de Versalhes e conduzidos pelos insurgentes para o Palácio das Tulherias. Sua família aí permanece detida até 1792, quando Maria Antonieta insiste em um plano de fuga, o qual se concretiza com a ajuda do conde Axel Fersen. Eles são, porém, interceptados e presos ao atravessarem Varennes. Levados de volta para Paris, eles são mortos na guilhotina – ele, em janeiro de 1793; ela, em 16 de outubro do mesmo ano, na cidade-luz. A monarquia francesa foi eliminada um ano antes, em 1792.
Fontes
http://www.algosobre.com.br/biografias/maria-antonieta.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Antonieta