Marilyn Monroe foi uma das maiores estrelas do cinema de todas as épocas, uma diva transbordante de glamour e sensualidade, uma das imagens mais populares do século XX. Ela nasceu em Los Angeles, a Meca cinematográfica, em 1 de junho de 1926. Filha de Gladys Pearl Monroe, editora de filmes do estúdio RKO, e de pai supostamente desconhecido, apesar de ter sido legalizada nos documentos pelo segundo marido da mãe, Martin Edward Mortensen.
Alguns biógrafos da atriz acreditam, como a própria Marilyn, que seu pai verdadeiro era Charles Stanley Gifford, colega de trabalho de Gladys. Sua mãe teve sérios problemas psíquicos e foi internada. Desta forma, Norma Jeane Baker -nome de batismo da estrela -, cresceu entre orfanatos e passagens por casas de famílias. A partir de 1937, ela passou a viver no lar de Grace Mckee Goddard, amiga de sua mãe. Alguns anos depois, em 1942, seus pais adotivos tiveram que partir para a Costa Leste, mas não podiam levar consigo a jovem, que agora contava dezesseis anos. Restava à futura atriz retornar ao orfanato ou se casar com o namorado, Jimmy Dougherty, então com 21 anos.
Norma opta pelo casamento e, durante dois anos, assume realmente a postura de dona de casa feliz e apaixonada. Em 1944, porém, o destino lhe arma nova cilada, pois seu marido ingressa na Marinha e é enviado para o Pacífico Sul. Norma Jeane é obrigada a trabalhar para sobreviver, e é assim que ela conhece o estrelato. Ao ser fotografada por Davis Conover, na fábrica Radio Plane Munition, na Califórnia, para a revista Yank, que encomendara uma matéria sobre o trabalho feminino na produção bélica, ela logo se vê posando para uma sessão fotográfica. Quando menos esperava ela se transformara em modelo famosa, capa de revistas célebres.
Não é preciso muito para que ela se apaixone pelo cinema e passe a freqüentar aulas de teatro, mirando-se no exemplo de atrizes como Jean Harlow e Lana Turner. Novamente ela se vê diante de um dilema. O marido volta para casa, em 1946, e ela tem que optar entre a vida de casada e a carreira promissora. O casal se divorcia neste mesmo ano e Norma torna-se a mais nova contratada da Twentieth Century Fox, em 26 de agosto de 1946. A atriz muda radicalmente o visual, assumindo a imagem que a tornaria famosa, os cabelos loiros, e o nome que a consagraria, Marilyn Monroe.
A partir de então, ela confere brilho e talento ao cinema de Hollywood, com seus lábios sensuais e inesquecíveis, o corpo escultural, seu olhar inocente e o ar aparentemente frágil, que incendeiam a imaginação masculina em todos os cantos do Planeta. Ela logo passou a integrar o panteão das deusas do cinema. Sua trajetória profissional iniciou-se em pequenas películas, mas sua veia cômica logo lhe conquistou espaço em filmes conhecidos, angariando fama e popularidade para a atriz na década de 50. Seu primeiro desempenho nas telas ocorreu no filme The Shocking Miss Pilgrim, em 1947. Sua atuação em Niagara, em 1953, a conduz ao estrelato.
Aos 27 anos ela já era a diva loira mais adorada de Hollywood. Em 1954 ela contrai novo matrimônio, desta vez com o jogador de baseball Joe DiMaggio, na Califórnia. Mas o casamento não durou muito, pelo impacto que a imagem sensual de Marilyn desencadeava nesta época, o que provocou a separação, apenas nove meses depois.
Depois de causar furor com sua sexualidade latente, Marilyn decide provar, em 1955, que além da beleza ela também tem um grande talento, aliado à experiência já conquistada. Ela agora desejava uma carreira séria e madura. Assim, transfere-se para Nova York, a metrópole norte-americana que lhe propicia a oportunidade de cursar a escola de Lee Strasberg. Um ano depois, ela institui uma produtora própria, a Marilyn Monroe Productions, que produz, entre outros, Bus Stop e The Prince and the Showgirl, com a atuação de Sir Laurence Olivier. Estas obras transmitem à platéia de todo o mundo sua definitiva vocação artística. Pouco tempo depois, ela recebe o Globo de Ouro por sua performance em Some Like it Hot, de 1959.
Neste mesmo ano ela se casa com o dramaturgo Arthur Miller. Esta união também está fadada ao fracasso, tendo fim em 1961. Nesta época, Marilyn e John Kennedy já mantinham um caso secreto, desde o divórcio anterior da atriz. Os encontros se seguiram mesmo depois de seu casamento com Miller, o que provavelmente contribuiu para a separação do casal. É famoso o episódio em que a estrela canta parabéns, com voz sensual, para o Presidente, na sede do Partido Democrático. Era o fim do caso entre ambos, supostamente a pedido de Robert Kennedy, pois ele temia que a Máfia tentasse destruir seu irmão através da divulgação deste romance clandestino.
Marilyn foi encontrada morta em sua casa, na cidade de Brentwood, na Califórnia, no dia 5 de agosto de 1962. A mídia destacou o caráter misterioso de sua morte, porém prevaleceu a versão de uma overdose de sedativos hipnóticos. Há muitos fatos obscuros e estranhos em torno desta morte, pois as gravações de suas ligações, outras pistas e documentos do FBI sobre o caso simplesmente desapareceram. Talvez nunca se saiba a verdade, mas é fato que esta estrela nunca se apagará, pois ela permanece viva na memória popular, e assim será provavelmente por muito tempo.