Jornalista pernambucano nascido em 1885, Mário Leite Rodrigues veio da classe média de seu Estado, onde começou a trabalhar no Diário de Pernambuco. A partir de 1912, após ser perseguido por inimigos de Dantas Barretos – militar e político brasileiro, fixou residência no Rio de Janeiro, à época a Capital Federal, recebendo logo após a esposa e os filhos Roberto, Mário Filho, Milton e Nelson Rodrigues.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, teve recepção de Edmundo Bittencourt, jornalista e advogado brasileiro que à época era dono do Correio da Manhã, periódico brasileiro publicado entre os anos de 1901 e 1974. Iniciou atividades e ficou hospedado na casa de Olegário Mariano - poeta, político e diplomata brasileiro, até conseguir alugar uma casa para a sua família.
Após a publicação de uma matéria sobre um presente dado à primeira-dama D. Mary Pessoa, um colar de diamantes oriundo de usineiros pernambucanos, Mário Rodrigues foi acabou sendo acusado e preso pela denúncia.
Após sair da prisão, lançou em 1925 o jornal A Manhã, com um grupo de colaboradores que incluía nomes como Monteiro Lobato, Agripino Grieco e Ronald de Carvalho. O periódico apresentava uma linha editorial rebuscada e destemida, fazendo de Mário Rodrigues um dos mais temidos cronistas de sua época com textos ferinos e brilhantes. Acabou sendo processado 12 vezes, mas foi absolvido de todos os ataques.
Mário acabou perdendo o controle acionário para Antônio Faustino Porto, seu sócio, que se tornou o dono do A Manhã. Irritado, Mário deixou o jornal e fundou – em 1826 – o periódico A Crítica, com recursos fornecidos por Fernando de Melo Viana, então presidente da república em troca de apoio ao governo de Washington Luís.
No mês de dezembro de 1929, foi publicada na seção policial uma matéria a respeito de um caso de desquite polêmico. À época, separações conjugais eram uma raridade e extremamente execradas pela opinião pública. Por ter noticiado o divórcio entre João Thibau Jr. – médico, e Sylvia Serafim - jornalista e escritora. Humilhada, Sylvia invadiu a redação do A Crítica para matar Mário Rodrigues. Porém, Mário havia saído, e quem atendeu a jornalista foi o ilustrador Roberto Rodrigues, filho de Mário. Sylvia atirou em Roberto, que morreu após três dias.
Após alguns meses, Mário faleceu - inconformado pela morte do filho - no dia 15 de março de 1930. Acabou não acompanhando a absolvição de Sylvia e o fim das atividades do A Crítica na época da revolução dos anos 1930.
Fontes:
http://www.nelsonrodrigues.com.br/site/comnelson_det.php?Id=16http://www.e-biografias.net/mario_filho/http://issuu.com/viracao/docs/edicao_91/31
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biografias/mario-rodrigues/