Alexandre I foi o sexto papa da história da Igreja Católica.
Nascido em Roma no ano 75, Aleksander esteve entre os primeiros cristãos e, por consequência, sofreu com as perseguições do Império Romano. Fiel e seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo, Aleksander dedicou-se à religião desde cedo. Sua firmeza de personalidade e sua capacidade de exercer influência sobre as pessoas o levaram a uma posição de destaque no cristianismo. O romano era conhecido também por sua piedade, o que o representava como uma santidade. Suas características de homem pacífico, porém determinado ajudaram a converter centenas de pessoas à fé cristã, incluindo membros do Senado e da nobreza romana. Ações que representaram verdadeiras conquistas para a Igreja Católica, pois as décadas e séculos iniciais do cristianismo foram repletos de perseguição e insatisfação com a religião monoteísta que nascia e crescia em um império historicamente identificado pelo politeísmo.
Com todas suas notáveis características para o momento, Aleksander, ou simplesmente Alexandre, foi escolha imediata para suceder o Papa Evaristo, falecido no ano 105. Naquela época, Alexandre tinha apenas 30 anos, mas já era bem conhecido na esfera política e possuía um histórico favorável. O papado de Alexandre I deixou um legado representativo especialmente para a liturgia católica. O papa estabeleceu o uso de pão sem fermento durante a celebração a celebração da eucaristia, assim como a mistura de um pouco de água ao vinho que é consagrado na celebração para representar a união de Cristo com a Igreja. A característica litúrgica mais marcante de seu papado foi ter instituído o uso de água benta para aspersão.
O Papa Alexandre I ordenou seis padres, dois diáconos e cinco bispos, de acordo com alguns pesquisadores. Para confrontar os opositores da Igreja Católica, excomungou todos que impediam que os legados da instituição religiosa exercessem os cargos indicados pelo Sumo Pontífice. Também escreveu epístolas, ordens e decretos. Sua atuação resultou no descontentamento do Império Romano, que tinha intolerância à Igreja Católica. Acredita-se que Alexandre I tenha sido aprisionado pelo imperador Aureliano e, mesmo na cadeia, o papa teria realizado milagres capazes de converter outros romanos. Embora haja dúvidas sobre a precisão dos fatos, acredita-se que Aureliano tenha ordenado a martirização do Papa Alexandre I, o qual teria sido amarrado a um cavalo, chicoteado e finalmente morto na fogueira, levando consigo alguns de seus seguidores. Após dez anos de papado, Alexandre I faleceu no ano 115 e foi canonizado pela Igreja Católica. Muitos séculos mais tarde, em 834, seus restos mortais foram transferidos para Freising, na Baviera. Seu sucessor foi o Papa Sisto I.
Fontes:
DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.
FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Petrópolis: Editora Vozes.
MCBRIEN, Richard P. Os Papas: os pontífices de São Pedro a João Paulo II. São Paulo: Edições Loyola, 2000.