Félix I foi o 26º papa da história da Igreja Católica.
O Papa Félix I foi quem autorizou a celebração da missa sobre os túmulos dos mártires. Ele iniciou o sepultamento dos mártires sobre o altar para fugir da perseguição do imperador Adriano. Iniciou um longuíssimo hábito da Igreja Católica que, no entanto, não é praticado mais. Naquele século, a situação era mais branda para os católicos, porém as perseguições e as dificuldades se acentuavam de acordo com a postura religiosa de cada imperador, pois a religião do império era o paganismo.
Talvez a mais significativa medida do Papa Félix I em relação à própria Igreja tenha sido a intervenção na questão que envolvia Paulo de Samósata. Este bispo pregava que Cristo e o Espírito Santo eram qualidades de um único Deus, assim a inspiração de Jesus vinha do alto e crescia em Espírito Santo até se tornar o Pai no momento de sua ressurreição. No entanto, o Concílio de Éfeso, em 431, já havia estabelecido que Jesus Cristo era homem e Deus em uma única pessoa, definindo a divindade e a humanidade de Cristo e as duas naturezas distintas em uma só pessoa. Em função disso, Paulo de Samósata foi deposto de seu cargo eclesiástico e condenado por suas doutrinas trinitárias e cristológicas no Sínodo de Antioquia, realizado em 268.
O para que criou a tradição de sepultar os mártires sob o altar de celebração das missas também foi martirizado, como se acredita. Diz que sua martirização teria resultado na morte no dia 30 de dezembro de 274. No entanto, após cinco anos de pontificado à frente da Igreja Católica, o Papa Félix foi sepultado na catacumba de São Calisto, na Via Ápia. Seu sucessor foi o Papa Eutiquiano.
Fontes:
DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.
FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Petrópolis: Editora Vozes.
THOMAS, P. C. A Compact History of the Popes. St Paulos BYB, 2007.