Leão I foi 45º papa da história da Igreja Católica.
Nascido em 400 na Toscana, Leão Magno optou pela vida religiosa e foi nela muito ativo. Quando era apenas um diácono, em 431, já possuía prestígio suficiente para trocar correspondências com o próprio papa Celestino I. Este, por sua vez, foi quem franqueou sua ascensão na Igreja Católica. Já como cardeal, foi eleito unanimemente para suceder o papa Sixto III, no dia 29 de setembro de 440, adotando o nome de Leão I.
O papa Leão I era também cognominado de O Grande e foi um dos religiosos que mais tempo exerceu o papado, 21 anos. Entre suas medidas tomadas talvez a mais conhecida seja o encontro com Átila, líder dos Hunos, que foi capaz de convencê-lo a abandonar a ideia de invadir a Europa Ocidental, interrompendo a onda de saques e assassinatos que os hunos vinham promovendo na Península Itálica. Algum tempo depois de resolver a situação com Átila, o papa enfrentou problema semelhante com os vândalos. Eles promoveram uma série de pilhagem na Europa e, ao chegar em Roma, foi o papa Leão I, mais uma vez, que se deparou frente a frente com o líder dos vândalos para evitar maiores desastres. Nenhum exército imperial ofereceu ajuda naquele momento, deixando Leão I sem muita proteção. O papa não conseguiu um acordo completo de paz com os vândalos, porém chegaram ao entendimento de preservar a vida da população de Roma.
Além do confronto direto com grandes líderes de exércitos bárbaros que assolavam a Europa naquela época, Leão I resolveu disputas também no interior da Igreja Católica, corrigiu abusos e impôs a uniformidade da prática pastoral. Leão I era um defender da ideia de que Jesus Cristo tinha duas naturezas, uma humana e outra divina, discussão que persiste até hoje.
Leão I é um dos padres latinos, ou seja, que escreveu em latim. É celebrado pela Igreja Católica, onde é um Doutor da Igreja, pela Igreja Anglicana e pelas Igrejas Ortodoxas. Faleceu no dia dez de novembro de 461. Para sucedê-lo foi eleito o papa Hilário.
Fonte:
DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.