Zeferino foi o 15º papa da história da Igreja Católica.
O papado de Zeferino começou no ano de 199 e avançou pelas duas primeiras décadas do século seguinte. Durante seu exercício, o papa teve que enfrentar problemas teológicos que dividiam os fiéis. Na ocasião, o papa excomungou Tertuliano, que foi o primeiro autor cristão a produzir uma obra literária em latim e era um grande defensor do cristianismo e combatente das heresias. Embora tenha se tornado importante para a Igreja Católica, suas ideias não eram plenamente aceitas pelos ortodoxos da época.
O Papa Zeferino estabeleceu alguns costumes na liturgia cristã, como a comunhão para maiores de 14 anos na Festa de Páscoa e o uso da patena e de cálices sagrados produzidos em vidro. No entanto, Zeferino não era muito significativo na política institucional, seu assessor, Calisto, eram quem se incumbia das tarefas. Em função disto, Calisto conquistou grande poder e reconhecimento na Igreja Católica, supostamente até dominando o Papa Zeferino. Quando o Sumo Pontífice manifestou sua intenção de criar uma catacumba na Via Ápia, a tarefa e os cuidados do projeto foram atribuídos a Calisto. Não por menos, tornou-se conhecida como Catacumba de Calisto.
O Papa Zeferino foi descrito como um homem simples e sem educação por São Hipólito. Seu pontificado durou 18 anos e foi encerrado por martírio, como era comum nos séculos iniciais do cristianismo. Ele faleceu no dia 20 de dezembro de 217 e foi o primeiro papa a ser enterrado na Catacumba de Calisto. Por sinal, seu assessor se tornaria seu sucessor.
Fontes:
DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.
FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Petrópolis: Editora Vozes.
MCBRIEN, Richard P. Os Papas: os pontífices de São Pedro a João Paulo II. São Paulo: Edições Loyola, 2000.