Ele foi um dos maiores pintores da Holanda no século XVII. Podemos acompanhar sua trajetória pessoal e profissional por meio dos seus inúmeros autorretratos que vão desde a juventude até a velhice, retratando-se com total sinceridade.
Nascido em 15 de julho de 1606 Rembrandt Harmenszoon van Rijn, filho de um moleiro, viveu na cidade universitária de Leiden, uma das cidades de maior importância da Holanda naquele período. Rembrandt até chegou a matricular-se na universidade desta cidade, mas logo largou os estudos para dedicar-se a carreira de pintor. No início da sua carreira como pintor, utilizou como modelo para suas obras, moradores de rua, velhos de asilos e familiares próximos.
Aos vinte e cinco anos, ele trocou sua cidade natal por Amsterdã expandindo sua carreira de forma meteórica. Em seguida, Rembrandt casou-se com Saskia, uma jovem de família abastada, o que lhe proporcionou colecionar obras de arte. Aos trinta anos, o artista já tinha uma carreira consolidada como retratista, recebendo um grande número de encomendas. No entanto, em 1642 após a morte da sua primeira esposa que lhe deixou uma fortuna considerável, ele se endividou e anos mais tarde sua casa e sua coleção de arte foram leiloados.
Após a morte do filho Tito e da segunda esposa e já no fim da vida, Rembrandt passou a viver em extrema pobreza. Seus únicos pertences eram algumas roupas velhas e alguns materiais de pintura. Um dos seus últimos quadros retratou sua condição de pobreza.
Além de pintor, Rembrandt destacou-se como gravador, usando a técnica de água-forte – modalidade de gravura que consiste em desenhar com uma ponta seca sobre uma base de cobre revestida por uma camada de cera. Uma das suas gravuras mais famosas é intitulada “Parábola do servo impiedoso”, onde o artista representa Cristo pregando aos pobres e pessoas humildes ao Seu redor.
As pinturas de Rembrandt são caracterizadas pelo jogo de luz que trabalhava com as cores, ao representar rostos e trajes esplendorosos. Sua paleta de cor se caracterizada por tons de marrons bastante fechados, usando cores brilhantes com pouca frequência. No entanto, os tons fechados entram em contraste com os poucos tons mais brilhantes, conferindo uma luz quase ofuscante que iluminava os rostos dos modelos retratados, dando dramaticidade a cena.
Rembrandt foi autor de mais de 300 obras entre pinturas, gravuras e desenhos. Além de inúmeros autorretratos, seus trabalhos mais conhecidos são: Aula de anatomia do Dr. Tulp ; Os síndicos do grêmio de tecidos de Amsterdã ; Festa de Belsazar ; A descida da cruz; Filosofo em meditação ; São Mateus e o anjo ; Titus vestido de monge ; São Paulo; A tempestade do mar da Galileia; entre outros.
Rembrandt faleceu em 04 de outubro de 1669 aos 63 anos, levando uma vida de extrema simplicidade quase entregue ao esquecimento, porém criando até o último instante. Foi sepultado ao lado de seu filho Tito.
Veja também:
Referências:
Pinacoteca Caras. São Paulo: Editora Abril, 1998, nº 15.
GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biografias/rembrandt/