Richard Wagner

Por Ana Lucia Santana
Categorias: Biografias
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Genial compositor alemão, maestro, renomado pensador, militante político, adepto do movimento conhecido como neo-romantismo, um dos melhores artistas eruditos de todos os tempos, Wilhelm Richard Wagner nasceu na cidade de Leipzig, no dia 22 de maio de 1813, em uma família repleta de artistas.

Retrato do compositor alemão Richard Wagner. Foto: Everett Historical / Shutterstock.com

Ele renovou o cenário da história da ópera convencional e se inspirou constantemente em contos germânicos para criar suas obras, das quais ele mesmo escrevia os textos. Durante sua trajetória Wagner, contou com o apoio do monarca Luís II da Baviera, quando se encontrava em fuga, movimento constante do polêmico e controvertido artista, o que lhe permitiu exibir em München algumas de suas produções.

Richard se mudou para Paris e lá viveu durante três anos. Em 1842, aos 29 anos, ele voltou para sua terra natal, aí apresentando sua primeira produção operística, Rienzi. Nessa ocasião ele assumiu o cargo de regente da Ópera Real, no qual permaneceu até 1849. O envolvimento do artista com a política o deixou muitas vezes em uma situação delicada, como sua defesa apaixonada da Revolução Alemã de 1848, posteriormente derrotada. Assim, ele foi obrigado a fugir de seu país, impedido de assistir a estréia da versão de Liszt da peça Lohengrin, em 1850.

Ele regeu concertos da Filarmônica de Londres em 1855 e residiu em Zurique, na Suíça, até 1858. Richard acreditava que a música e o drama eram igualmente importantes, bem como demonstrava sua fé na elaboração de uma identidade coletiva, sempre fundamentado em mitos nacionalistas. Isto o levou a produzir alguns textos anti-semitas, o que comprometeu sua imagem no século XX. Seus ideais e suas crenças, refletidos em seus trabalhos, permitiram que o Nazismo se apropriasse de suas concepções; além disso, ele era o compositor preferido de Hitler. Apesar de tudo, ele sempre conquistou amigos e assessores em círculos judeus.

Wagner provocou várias revoluções musicais, rompendo com a filiação ao padrão convencional operístico, assumindo a prática do sistema orquestral de Berlioz, com a produção de Tannhauser e o Torneio de Cantores, de 1843. A primeira criação mais amadurecida do artista, neste novo estilo, é Lohengrin, célebre drama musical deste compositor.

Além das criações musicais, Wagner elaborou, de 1849 a 1852, diversos livros de ensaios, tais como Arte e Revolução, A Arte do Futuro, Uma Comunicação a Meus Amigos e Ópera e Drama, no qual se esboça um novo estilo de teatro musical. .

Em 1859 ele lança Tristão e Isolda, sua obra mais destemida e corajosa, que apresentava semitons musicais muito próximos dos privilegiados pela música contemporânea do século XX. Mas Wagner não cessa de inovar. Sua peça Os Mestres Cantores de Nüremberg, de 1867, é seu ápice em termos de transformações no contraponto, operadas também em O Ouro do Reno, A Valquíria, Siegfried e O Crepúsculo dos Deuses.

Em 1861, perdoado pelo governo alemão, voltou à Alemanha e depois partiu para Viena, onde atuou como compositor até 1864, quando foi obrigado novamente a fugir, desta vez por conta de dívidas que não conseguia pagar. Depois de muitas andanças, morreu em Veneza, no dia 13 de fevereiro de 1883, aos 70 anos.

Ele também compôs algumas peças orquestrais, tais como Eine Faus Ouverture; Siegfried Idyll; obras corais – canções, peças para piano -; e dramas musicais, como O Holandês Errante, elaborada em 1841, que levou mais longe, com maior intensidade, o Romantismo alemão ao estilo de Weber. Sua última criação, a ópera Parsifal, de 1882, traduz suas concepções religiosas.

Fontes
* Enciclopédia Badem – Livraria Editora Iracema - Volume 7.
* http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u527.jhtm
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Wagner

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