Lucius Annaeus Seneca (em português, Lúcio Aneu Sêneca, ou ainda Sêneca, o Jovem - Córdoba, Hispânia, Império Romano, 4 a.C. - Roma, Império Romano, 65 d.C.) foi um importante escritor e filósofo do Império Romano. Filho de um grande orador, Annaeus Seneca, o Velho, foi educado em Roma, onde estudou retórica e filosofia, tornando-se famoso como advogado. Foi membro do senado romano e depois foi nomeado questor, magistrado da justiça criminal.
É o seu trabalho no campo da filosofia que desperta o maior interesse, isso desde o período do Renascimento. Entre suas ideias, destaca-se a da consciência, que ele entendia como a capacidade que o homem tem de distinguir entre o bem e o mal. Ela é inerente ao ser humano, que não pode se livrar dela ou escondê-la, pois o homem não consegue se esconder de si próprio. O criminoso pode evitar a punição da lei, mas não evita a punição dentro de sua consciência, que faz um juízo íntimo de seus atos. Por isso mesmo, o pecado estaria inserido na estrutura e na fundamentação do homem, e para nos tornarmos homens necessitamos da prática de pecados. Se o indivíduo nunca peca, não é homem; mesmo o sábio é um pecador, porque através do pecado ele realizou experiências de diferenciação entre o bem e o mal.
A prática da escravidão, tão comum nos dias de Sêneca, era combatida pelo filósofo, que ia além, e pregava contra as diferenciações sociais entre as pessoas. Entendia que, o que pode dar valor e nobreza a uma pessoa é somente a virtude, e essa qualidade está ao alcance de todos. Tanto na sociedade atual como na época de Sêneca, o que define se alguém vai ser escravo ou um nobre é somente a sorte do nascimento. Em sua origem todos os homens eram iguais, a nobreza é apenas uma construção de cada homem no desenvolvimento do seu espírito.
Sêneca passou a viver em Roma por volta do ano quinto da Era Comum, e viveu por um tempo no Egito. Despertou a inveja do imperador Calígula, que tentou assassiná-lo, mas segundo algumas fontes, teria desistido, pois acreditava que ele logo morreria devido à idade avançada. Em 41 d.C., envolveu-se num processo por suas relações com Julia Livila, uma sobrinha do imperador Cláudio, e foi acusado de adultério, sendo exilado na Córsega, onde viveu até 49 d.C. De 54 a 62 d.C. foi conselheiro do imperador Nero. Acusado de participar da Conspiração de Piso, que teria planejado o assassinato do imperador, foi condenado ao suicídio. Em 65 d.C., Sêneca cortou os pulsos, na presença de amigos, no que foi seguido por sua esposa, Pompéia Paulina.
Bibliografia:
MARCONATTO, Arildo Luiz. Sêneca (4 - 65). Disponível em: < http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=35 >. Acesso: 03/02/13.
Sêneca. Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/biografias/seneca.htm>. Acesso: 03/02/13.
Lucius Annaeus Seneca. Disponível em: < http://educacao.uol.com.br/biografias/lucius-annaeus-seneca.jhtm >. Acesso: 03/02/13.