Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo no dia 11 de julho de 1902, era filho de Cristóvão Buarque de Holanda e de Heloísa Buarque de Holanda.
Estudou no Ginásio S. Bento e na Escola Modelo Caetano de Campos, onde escreveu a valsa “Vitória Régia”, editada na revista Tico-Tico após dois anos. Foi aluno do Afonso de E. Taunay.
No ano de 1921 foi para o Rio de Janeiro junto com sua família; Participou ativamente do Movimento Modernista de 22 sendo nomeado por Mário e Oswald de Andrade o representante do grupo perante a revista Klaxon no Rio de Janeiro.
O ano de 1925 foi importante em sua vida, pois formou-se em direito pela Universidade do Brasil; em 1926, recebeu uma proposta de trabalho para assumir a direção do jornal “O Progresso”, em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, para onde se mudou. No mesmo ano lançou em parceria com Prudente de Morais Neto uma revista intitulada “Estética”.
Em 1927 decidiu voltar para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar na imprensa carioca como jornalista do “Jornal do Brasil”.
Em 1929 foi para a Europa como representante dos Diários Associados, estabelecendo residência em Berlim, local em que conheceu as idéias de Max Weber e acompanhou os seminários de Friedrich Meinecke.
Passou a trabalhar como colaborador, no ano de 1930, na revista “Brasilianische Rundschau” do Conselho do Comércio Brasileiro de Hamburgo.
Em 1936 retornou ao Brasil e iniciou seu trabalho na Universidade do Distrito Federal no cargo de professor-assistente de Henri Hauser na área de história moderna e contemporânea, além de dar aulas de literatura comparada como auxiliar de um professor chamado Trouchon.
Neste mesmo ano Sérgio Buarque de Holanda publicou sua obra-prima, aquela que é considerada a mais importante já editada no Brasil, intitulada “Raízes do Brasil”.
Em 1939, a Universidade do Distrito Federal encerrou suas atividades e Sérgio foi chamado por Augusto Meyer para assumir a direção da seção de publicações do Instituto Nacional do Livro.
Passados três anos, em 1944, tornou-se diretor da Divisão de Consulta da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro; no ano seguinte contribuiu para a edificação da Esquerda Democrática; No mesmo ano vai para São Paulo para tomar parte no Congresso de Escritores e acaba sendo nomeado presidente da seção do Distrito Federal da Associação Brasileira de Escritores.
Sérgio era um homem muito ativo, nunca estagnava, estava sempre se renovando, em 1946, volta para São Paulo, para assumir o posto de diretor do Museu Paulista no lugar de seu antigo professor Afonso Taunay.
No ano seguinte aderiu entrou para o Partido Socialista e encarregou-se de assumir as aulas de professor de História Econômica do Brasil na Escola de Sociologia e Política em substituição a Roberto Simonsen.
Em 1952 foi com a família para a Itália, ai permanecendo por dois anos na função de professor convidado na cadeira de Estudos Brasileiros da Universidade de Roma.
Em 1957 foi agraciado com o Prêmio Edgar Cavalheiro do Instituto Nacional do Livro pela publicação de Caminhos e Fronteiras.
Em 1958 prestou um concurso público e garantiu uma cadeira de História da Civilização Brasileira na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo defendendo a tese Visão do Paraíso – os motivos edênicos no descobrimento e na colonização do Brasil.
Em 1962 Sérgio Buarque de Holanda foi eleito o primeiro diretor do Instituto IEB (Instituto de Estudos Brasileiros).
Durante cinco anos (1963 a 1967) percorreu como professor-visitante as Universidades do Chile e dos Estados Unidos além de fazer parte de algumas missões culturais pela UNESCO no Peru e Costa Rica.
Em 1969 solicitou sua aposentadoria de catedrático da USP em solidariedade aos seus colegas que haviam sido afastados de suas atividades pelo AI-5.
Em 1967 ganhou o Prêmio de Governador do Estado na seção de literatura e em 1979 o Prêmio Juca Pato, considerado o intelectual do ano; em 1980 foi membro-fundador do Partido dos Trabalhadores.
Perdemos esta ilustre figura que tanta falta nos faz no dia 24 de Abril de 1982.