O poeta modernista, dramaturgo e crítico literário Thomas Stearns Eliot nasceu na cidade de St. Louis, no Missouri, EUA, no dia 26 de setembro de 1888. Ele se transferiu para a Inglaterra em 1914, já aos 25 anos, assumindo a cidadania britânica em 1927, aos 39 anos. Esta mudança foi fundamental na obra do poeta, influenciado decisivamente na sua produção artística por ter nascido nos Estados Unidos e se fixado posteriormente no Reino Unido.
A família Eliot sempre foi reconhecida por sua participação no universo cultural. Os pais de Thomas, Henry Ware Eliot, industrial, e Charlotte Chauncey Stearns, de família afortunada, integrante da aristocracia mercantil de Boston, detentora de preciosa cultura no campo humanístico, com alguns dons literários, tiveram sete filhos, dos quais o poeta é o caçula.
T. S. Eliot passou sua infância e parte da etapa juvenil às margens do Rio Mississipi, convivendo com a atmosfera enigmática de suas águas. Ao completar 18 anos ele se mudou para Boston, aí iniciando seus estudos literários e filosóficos, na famosa Universidade de Harvard. Neste período ele já atuava na esfera da literatura, tanto como poeta quanto como editor na revista universitária The Harvard Advocate. Neste veículo ele encontrou Conrad Aiken, o qual futuramente lhe apresentaria a Ezra Pound, poeta e crítico.
Na década de vinte, no pós-guerra, Eliot passa a freqüentar assiduamente a cidade de Paris, ao lado de vários outros artistas famosos desta época. O poeta Charles Baudelaire influencia definitivamente a obra de Eliot. Seu retrato da existência parisiense torna-se para o poeta norte-americano uma fonte de inspiração para sua própria reprodução da vida em Londres. Quando ele se torna membro da Igreja Anglicana, sua produção literária ganha contornos nitidamente religiosos e tradicionais, marcas que se refletem na tentativa de manter o inglês arcaico e certos valores cultivados na Europa.
Em 1915 o poeta publica seu primeiro poema mais conhecido, The Love Song of John Alfred Prufrock, na revista Poetry, da cidade de Chicago, depois aproveitado por Pound em sua obra Catholic Anthology. Neste mesmo ano, Eliot contrai matrimônio com a dama da sociedade londrina Vivienne Haigh-Wood. Abraçou durante algum tempo o magistério, mas depois o deixou para se tornar funcionário do Lloyds Bank Ltd., de Londres. Ele também atuou como editor-assistente do veículo Egoist, de 1917 a 1919, além de colaborar com outros impressos literários, entre eles The Athenaeum.
Um de seus poemas mais famosos, The Waste Land, lançado em 1922, guardava vestígios da ascendência de Ezra Pound sobre a obra deste poeta, principalmente em seus esboços manuscritos. Esta publicação é considerada uma autêntica fonte de ensinamentos sobre a poética, e logo se torna um clássico, consagrando o autor nos meios literários, principalmente os de língua inglesa. Neste momento de sua existência, Eliot era descrito por seus companheiros como um verdadeiro britânico, no modo de agir, de se vestir, de pensar, fugindo do padrão inglês apenas no sotaque e na nacionalidade.
Neste mesmo ano, o poeta publica uma revista literária que, durante dezessete anos, ocuparia um espaço fundamental nas esferas culturais e artísticas do continente europeu, The Criterion, a qual seria extinta alguns dias antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Desta forma abrem-se os caminhos para uma carreira editorial, e logo em 1923 ele já está à frente da Faber & Faber, empresa na qual permanece até o momento de sua morte. Este cargo lhe propicia a oportunidade de agir como um incentivador de estudos no campo da estética, um mecenas da moderna literatura de língua inglesa.
Dez anos após se tornar viúvo, ele se casa novamente, em 1957, desta vez com Valerie Fletcher, sua secretária na Faber & Faber. Com o passar do tempo, ele se torna mais introspectivo, isolando-se gradualmente em Kensington, bairro de Londres onde residia. Sua obra se estende de 1909 até pouco tempo antes de sua morte. Entre seus poemas e coletâneas mais célebres, encontram-se The Love Song of J. Alfred Prufrock, Portrait of a Lady, Preludes, Sweeney among the Nightingales, The Waste Land, Ariel Poems e Unfinished Poems, ambos incluídos nos Collected Poems 1909-1935, Four Quartets, entre outros.
Ele ganha, em 1948, o Prêmio Nobel de Literatura. No dia 4 de janeiro de 1965, morre o poeta T S Eliot, na cidade que adotou em sua juventude, Londres.
Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/T._S._Eliot
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biografias/t-s-eliot/