Mineiro, nascido em Além Paraíba, atualmente Zuenir Ventura ocupa a cadeira n.º 32 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 2014, substituindo o acadêmico Ariano Suassuna.
Zuenir Ventura é jornalista, ex-professor da UFRJ e da Escola Superior de Desenho Industrial, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Bacharel e licenciado em Letras Neolatinas. Hoje colunista do jornal O Globo. Nos anos 1960/61 foi bolsista no Centro de Formação dos Jornalistas de Paris. De 1963 a 1969, exerceu vários cargos em diversos veículos: trabalhou como editor internacional do Correio da Manhã, diretor de Redação da revista Fatos & Fotos, chefe de Reportagem da revista O Cruzeiro, editor-chefe da sucursal-Rio da revista Visão-Rio.
Em 1969, realizou uma série de 12 reportagens sobre “Os anos 60 – a década que mudou tudo”, posteriormente publicada em livro. Na década de 70 trabalhou como chefe de redação na revista Visão e depois Veja. Na década de 80 trabalhou para a revista IstoÉ, como diretor da sucursal. Em 1985, foi convidado a reformular a revista Domingo, do Jornal do Brasil, onde ocupou depois outras funções de chefia.
Zuenir Ventura lançou, em 1988, o livro 1968 - o ano que não terminou, cujas 48 edições já venderam mais de 400 mil exemplares. A minissérie “Os anos rebeldes”, produzida pela TV Globo, foi inspirada nesse livro. Também o filme O homem que disse não, do cineasta Olivier Horn, foi inspirada por ele.
Em 1989, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog. Publicando no Jornal do Brasil a série de reportagens “O Acre de Chico Mendes”.
Na década de 90 Lançou Cidade partida, um livro-reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, traduzido na Itália, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti de Reportagem.
Publicou O Rio de J. Carlos e Inveja – Mal Secreto, que foi lançado depois em Portugal e na Itália. Já vendeu cerca de 150 mil exemplares.
Lançou Chico Mendes – Crime e Castigo em 2003.
Na sequência lançou Crônicas de um fim de século e 70/80 Cultura em trânsito – da repressão à abertura, com Heloísa Buarque e Elio Gaspari.
Co-dirigiu o documentário Um dia qualquer. Escreveu o roteiro de Paulinho da Viola: meu tempo é hoje, de Izabel Jaguaribe.
Zuenir Ventura recebeu da ONU um troféu especial por sua contribuição em defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos. Foi eleito “O jornalista do ano” pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros, em 2010.
Os últimos livros lançados foram Minhas histórias dos outros, 1968 – o que fizemos de nós e Conversa sobre o tempo, com Luis Fernando Verissimo. Além de Sagrada Família.
É considerado um jornalista totalmente íntegro.
Zuenir Ventura, ainda vive e tem 83 anos e há 51 é casado com Mary Ventura, com quem tem dois filhos: Elisa e Mauro.
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zuenir_Ventura