Animais sociais

Graduada em Ciências Biológicas (USU, 2009)

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No ramo da biologia denomina-se de animais sociais todos os organismos que interagem com outros membros da própria espécie visando o benefício individual e do grupo. Ao formarem uma sociedade os animais determinam as funções de cada integrante que deve ser harmônica e trabalham em prol da sobrevivência da espécie. É comum ver a formação de sociedade em insetos (formigas, abelhas, vespas, cupins) e mamíferos (gorilas, seres humanos).

Formigas trabalhando juntas. Foto: Tan Hung Meng / Shutterstock.com

A sociedade dos insetos forma a colônia que geralmente está organizada em três níveis (também chamada de castas): soldados, rainha e operárias. Cada indivíduo pode apresentar variações no tamanho e/ou estruturas corporais as quais irá definir seu papel dentro da colônia.

  • Soldados: geralmente maior do que as operárias, com pernas mais desenvolvidas e mais pesadas, podendo apresentar variações no tamanho do tórax e das asas. Sua principal função é atacar inimigos e imobilizá-los (pesquisas indicam que as abelhas utilizam o própolis para essa finalidade). São subdivididas em duas funções: proteção da entrada da colmeia ou formigueiro e monitoramento das regiões próximas afim de evitar ataques de predadores.
  • Rainha: coordena a harmonia da sociedade e a reprodução do grupo, geralmente ao ser retirada da sociedade os demais indivíduos padecem sem sua orientação e/ou podem realizar ataques para reaver a rainha. Com os hormônios, principal o feromônio, orienta-se e coordena-se o funcionamento da sociedade e também evita o amadurecimento das demais fêmeas do grupo.
  • Operárias: os insetos operários possuem por função básica a procura de alimento. Ao encontrarem, retornam para a colônia para orientar os demais integrantes onde encontrá-lo. No caso das formigas é liberado o feromônio (hormônio sentido pelos demais integrantes) e no caso das abelhas são realizado movimentos (como uma dança) para descrever o tipo de alimento, a distância e o ângulo da fonte de comida e do Sol.

Os mamíferos possuem uma amplitude maior nas atividades exercidas pelo grupo social, as funções dentro da sociedade podem variar em um único grupo: a liderança, a única fêmea reprodutora ou grupo de fêmeas reprodutoras e a catação (retirada de parasitas e estabelece laços afetivos). É comum ainda verificar a formação de sociedades com apenas machos que pode ser temporária, apenas até encontrar uma fêmea e formar um novo bando ou permanente, geralmente com machos muito jovens que necessitam treinar o acasalamento com os próprios integrantes machos do grupo antes de ser aceito por uma fêmea ou machos mais velhos que perderam o posto de líder e saíram do grupo original.

Família de Gorilas. Foto: Mary Ann McDonald / Shutterstock.com

A sociedade humana é a formação mais complexa, ampla e distinta já encontrada no reino animal, as variações e opções são tantas que os antropólogos e sociólogos dedicam uma vida inteira para entender as relações intraespecíficas proveniente da humanidade. Entretanto, o conceito básico para a sociedade seja dos artrópodes ou mamíferos é a mesma, a ligação na convivência entre os seres que se torna organizada e trabalham em prol da subsistência e sobrevivência do grupo.

Bibliografia:

ACOSTA-AVALOS, D. et al. Insetos sociais: um exemplo de magnetismo animal. Revista Brasileira de Ensino de Física, vol.22 - nº03, 2000.

LINHARES, Sergio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje. 11ª Edição – 3ª impressão, 2005.

STORER, Tracy I. USINGER, Robert L. STEBBINS, Robert C. NYBAKKEN, James W. Zoologia Geral. 6ª Edição, 1984.

Arquivado em: Animais, Etologia
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