Gnotobiologia é a área da biologia responsável pela manutenção de barreiras isoladoras de patógenos, tornando os animais livres de germes. Geralmente, este grupo possui uma biota conhecida, ou então, pode ser que esta seja não detectável ou conhecidamente não existente.
Historicamente, Hipócrates e Aristóteles foram os pioneiros nos estudos biológicos descritivos com animais, mas foi no ano de 1885 que Louis Pasteur propôs que fosse estudado mais aprofundadamente o uso de animais em pesquisas e experimentos, sugerindo a criação de animais livres de patógenos. No entanto, as primeiras pesquisas deste modelo iniciaram-se apenas no ano de 1890, na Alemanha, com experimentos de George Nuttall e H. Thierfelder. Já no Brasil, estas pesquisas foram iniciadas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no ano de 1961.
Os experimentos realizados com estes seres vivos possuem finalidade médica e veterinária, sendo utilizadas diversas espécies de animais, como: animais silvestres (peixe e insetos), animais domésticos (cão, gato, bovinos, suínos, equinos e ovinos) e animais de laboratório (ratos, hamsters, camundongos, cobaias e coelhos).
Estes animais são divididos em grupos:
- Axênicos (germe-free): são completamente desprovidos de patógenos, tanto interna quanto externamente.
- Flora definida: são obtidos a partir de animais axênicos, através da contaminação proposital do alimento fornecido aos animais, com patógenos específicos.
- Specific Pathogen Free (SPF): quando estes animais estão livres de parasitas ou possuem uma microbiota específica.
- Vírus Antibody Free (VAF): estes animais não possuem uma resposta imunológica para vírus específicos, no entanto pode estar associado com outros parasitas e a microbiota.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnotobiologia
http://www.unicamp.br/anuario/95/cenuc/node207.html