Nas duas últimas décadas houve uma grande transformação na forma como se via a inteligência dos animais. Descobriu-se não somente que eles manipulam ferramentas, como também armazenam esses instrumentos para posterior utilização. Além disso, hoje se pode provar que símios calculam operações matemáticas mentalmente e pombos percebem se uma figura não integra um determinado grupo de imagens.
O Homem pode não estar sozinho na sua capacidade de planejamento do amanhã. E essas afirmações não provêm de fontes duvidosas, e sim das novidades no mundo científico, protagonizadas por estudiosos sérios e comprometidos com a integridade da Ciência.
Um deles, Wasserman, perito no campo da psicologia experimental, afirma que os pombos e certos macacos africanos têm o poder de reconhecer imagens semelhantes, tais como figuras triangulares e pontos; também distinguem as diferenças. Conforme afirma o pesquisador, essa percepção aponta para o dom de elaborar operações conceituais. E aqui os animais são aprovados com honra.
A compreensão do número está presente entre vários gêneros de primatas. Os avanços vão além. Estudiosos e macacos podem apresentar o mesmo poder de calcular a soma integral de dois conjuntos sem que seja necessário contar um por um. Atualmente os pesquisadores verificam se esses animais estão aptos a captar o significado do zero.
Costumava-se crer que os animais eram desprovidos de inteligência, já que havia uma ruptura completa entre o Homem e os bichos. Advogava-se que o desempenho dos humanos era guiado pela inteligência, consciência e pensamento; por outro lado, os teóricos argumentavam que a conduta do animal era orientada por instintos inerentes a ele e por reflexos condicionados, assimilados.
Ou seja, pareciam ser inteligentes, mas estes sinais eram vistos, na verdade, como reações mecanizadas a incitações do meio exterior e da paisagem interna. Hoje se sabe que o intelecto do animal é diretamente proporcional à ampliação do sistema nervoso central, especialmente ao porte e ao nível de complexidade do cérebro. Alguns bichos solucionam dificuldades utilizando recursos similares aos dos humanos.
Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, afirma que é complicado fixar um limite entre humanos e animais no que tange à inteligência, pois determinados animais são mais capazes que certos humanos. Há, porém, uma distinção significativa entre uma inteligência e a outra. O Homem tem em sua posse tanto a inteligência conceitual quanto a prática, porém nos animais é mais comum o aprimoramento da habilidade em encontrar respostas através de ações motoras, produção e ajustamento de ferramentas. Resumindo, eles recorrem mais à Inteligência Prática.
Fontes:
http://pt.scribd.com/doc/9114119/A-Inteligencia-Dos-Animais
http://www.proanima.org.br/noticias/inteligencia-animal-cientistas-constatam-que-alguns-animais-planejam-o-futuro/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/inteligencia-em-animais/