O sistema imunológico é o sistema responsável pela vigilância do nosso organismo. Seja para nos defender ou para atacar as ameaças, é importante que esse sistema esteja funcionando corretamente para que nosso organismo se mantenha saudável.
Tanto microrganismos invasores como células próprias modificadas (células tumorais), representam ameaças para nosso organismo. Para combater tais perigos o sistema imune possui uma complexa e elaborada resposta frente estes estímulos. No entanto nem só de ‘ataque’ vive o sistema imune. O modo pelo qual o sistema imune ‘ataca’ as ameaças é promovendo inflamação. Este processo recruta e ativa células importantes para a resposta, bem como promove um ambiente bastante hostil tanto para o patógeno, como para o próprio organismo. Sendo assim é necessário que o balanço entre inflamação e anti-inflamação seja finamente balanceado, uma vez que uma anti-inflamação precoce, favoreceria a não eliminação completa do patógeno e uma inflamação estendida mais do que o necessário, pode prejudicar o tecido próprio vigorosamente. Sendo assim, é interessante que o sistema imune seja consiga aperfeiçoar cada resposta para que sua eficiência seja cada vez melhor.
Durante o processo de montagem da resposta imune contra algum antígeno, é gerada uma quantidade enorme de células responsáveis por esse reconhecimento e ataque ao antígeno. Estas células extremamente específicas para cada antígeno têm papel essencial na presença do antígeno, no entanto ao final da resposta, quando o antígeno já foi completamente eliminado essa quantidade de células especificas, além de desnecessária, precisa ser eliminada afim de não causar nenhum dano ao hospedeiro além de poupar gastos energéticos desnecessários. O que acontece é que neste momento, boa parte destas células, agora não mais necessárias, morrem. No entanto nem todas estas células específicas morrem, e destas células que restam, são chamadas células de memória.
A partir deste ponto, toda vez que o indivíduo entrar em contato com o mesmo antígeno (patógeno ou próprio), estas células especificas rapidamente reconhecem o antígeno e prontamente se dividem, fazendo com que a resposta no segundo contato seja ainda mais rápida do que no primeiro. Este processo acontece todas as vezes que o contato do organismo e antígeno se estabelecer, fazendo com que a resposta seja cada vez mais rápida e intensa. Por isso o nome memória imunológica.
Utilizando-se desse princípio de memória imunológica, as vacinas trazem a proteção de diversas doenças causadas por vírus, fungos ou bactérias. Utilizando-se da exposição controlada de antígenos, a vacina proporciona o primeiro contato entre organismos e o microrganismo, sem que este cause nenhum dano ao hospedeiro, que então monta seu complexo ‘arsenal’ contra tal patógeno. Assim, quando eventualmente acontecer novos contatos, o organismo já está preparado para responder tal infecção e, portanto, não desenvolverá a doença respectiva. O processo de imunização através de vacinas tem sido uma importante ferramenta para a manutenção da saúde individual e pública dos anos atuais. Por meio dela algumas doenças puderam ser erradicadas e outras drasticamente diminuídas, como a varíola, o sarampo, o tétano, entre outras.
Referências:
<http://imunobiovirtual.blogspot.com.br/p/grupo-1.html> Acessado 05/11/17
Imunologia Básica - 7ª Ed. Abbas, Abul K.; Lichtman, Andrew H.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/memoria-imunologica/