A prófase é a primeira fase da mitose e da meiose, onde os cromossomos se condensam, os nucléolos e a carioteca se desfazem, dispersando seus componentes no citoplasma.
Mitose
O início da formação do fuso e a condensação dos cromossomos duplicados na intérfase são marcos da primeira fase da mitose. A formação do fuso é acompanhada de fragmentação de muitas organelas, como o complexo de Golgi e o retículo endoplasmático, entretanto, organelas como mitocôndrias e cloroplastos não sofrem alterações.
A carioteca (membrana nuclear ou envoltório nuclear) rompe-se em muitas pequenas vesículas e os microtúbulos formados no citoplasma invadem o núcleo. Alguns microtúbulos se ligam aos cinetócoros, estruturas protéicas associadas aos centrômeros dos cromossomos duplicados. Essa ligação indica que a célula está entrando na metáfase da mitose.
Meiose
O início da meiose é complicado e prolongado. A meiose é divida em duas fases: Meiose 1 e meiose 2, cada uma contendo as quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
A prófase 1 é dividida em 5 estágios, indicados por um termo grego.
Leptóteno
Em grego, significa “filamentos finos”. Nesta fase, os cromossomos começam a se condensar, tornando-se visíveis ao microscópio óptico como um fio simples, pois as cromátides irmãs estão intimamente ligadas através das proteínas coesinas. À medida que os cromossomos vão condensando, a célula entra para o próximo estágio: Zigóteno.
Zigóteno
Em grego, significa ligação, filamentos pareados. Nesta fase, os cromossomos homólogos se ligam intimamente, processo chamado de sinapse, como se fossem duas partes de um zíper. A sinapse é acompanhada da formação de uma estrutura de diversas proteínas entre os cromossomos pareados, chamada complexo sinaptonêmico. Esse complexo tem papel no pareamento dos cromossomos e nos subsequentes eventos meióticos. Ainda não se compreende inteiramente esse mecanismo, mas sabe-se que ele é formado por um eixo central e duas barras laterais que se associam aos cromossomos homólogos, cada um com suas cromátides.
Paquíteno
Em grego, significa filamentos expessos. Os cromossomos resultantes da condensação podem ser facilmente vistos ao microscópio óptico. Cada par consiste em cromossomos homólogos duplicados, cada um com duas cromátides irmãs. O par de cromossomos é chamado de bivalente, e se contarmos seus filamentos, são chamados de tétrades de cromátides. Durante esta fase, os cromossomos homólogos podem trocar pedaços, processo chamado de crossing-over, ou permutação. As cromátides irmãs irmãs individuais podem se romper nessa fase, e os pedaços quebrados podem ser trocados entre as cromátides de uma tétrade. Essa troca de pedaços gera uma recombinação do material genético.
Diplóteno
em grego, significa duplo. Nessa fase os cromossomos homólogos começam se separar, e aparecem nitidamente constituídos por duas cromátides. Pode-se perceber que as cromátides se cruzam em determinados pontos, formando quiasmas, que em grego significa cruz.
Diacinese
Em grego, significa “movimento através”. Nessa fase, os cromossomos condensam-se mais, a carioteca se fragmenta e começa a formação do fuso acromático. Os microtúbulos formados no citoplasma invadem o núcleo e alguns se ligam aos cinetócoros. Os cromossomos continuam seu processo de separação, ficando unidos apenas pelos quiasmas.
A prófase 2 é muito semelhante à prófase da mitose. Os cromossomos, formados por duas cromátides, começam se condensar, os nucléolos se desfazem e a carioteca fragmenta-se.
Referências:
Fundamentos da Genética / D. Peter Snustad, Michael J. Simmons. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Biologia / José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. São Paulo: Moderna, 2004