O Serengueti (ou Serengeti) é uma vasta região de savana da África Oriental, situada desde o norte da Tanzânia até ao sudoeste do Quênia. Abrange cerca de 30.000 km², o que deu origem ao seu nome, derivado da língua maasai, que significa “planícies infinitas”.
O clima do Serengueti é geralmente quente e seco, sendo mais fria no período de junho a outubro, especialmente durante a noite. As temperaturas médias variam de 15° C a 25° C. Geralmente ocorrem chuvas mais abundantes entre março e maio e chuvas mais breves entre novembro e dezembro.
Durante o período chuvoso a paisagem ganha vida e se torna verde, mas durante a longa estação seca a vegetação torna-se bastante ressecada, as gramíneas ficam marrons e muitas árvores e arbustos perdem suas folhas. A vegetação é adaptada a incêndios naturais que acontecem nesse período.
A vegetação do Serengueti é bastante variada. Acredita-se que os diversos habitats existentes foram formados orginalmente por atividades vulcânicas e esculpidos pela ação do vento, sol e chuva. Na porção sul encontram-se áreas extensas de gramíneas. No centro ocorrem acácias esparsas, que são árvores espinhosas e de folhas pequenas.
Ao norte encontra-se uma região montanhosa e arborizada, que se concentra ao longo dos cursos d’água.
Entre as principais árvores dessa região estão a Kigelia africana, Ficus thonningii, Euphorbia candelabro, Commiphora africana, Acacia xanthophloea, Acacia tortilis e Acacia drepanolobium.
A fauna é formada por elefantes, rinocerontes, búfalos, chitas, gnus, zebras, leões, gazelas-de-thomson e outros. Inúmeras espécies de aves também são encontradas, como a abetarda-gigante (Ardeotis kori) e o secretário (Sagittarius serpentarius). O crocodilo-do-nilo (Crocodylus niloticus) é um dos maiores do mundo e habita essa região.
Um dos eventos mais espetaculares do Serengueti é a migração anual de gnus, zebras e gazelas-de-thomson. No final de maio, quando as chuvas param, esses animais saem das pastagens secas da porção sul para o norte, em direção a Reserva Nacional Maasai Mara, no Quénia. Uma vez alcançando as terras férteis e úmidas do norte, esses animais se alimentam e permanecem nesses locais até novembro. Em novembro, quando a pastagem do norte está esgotada, esses animais voltam para as planíceis do sul, onde as chuvas começam a cair.
Outros herbívoros e vários predadores (principalmente leões e hienas) acompanham as migrações. Para reduzir a possibilidade de serem vitimas dos predadores, os animais se movimentam em grandes grupos. Outros, como as gazelas-de-thomson, podem esconder seu filhotes até que eles sejam fortes para fugir de um ataque. Outro desafio para os animais durante a migração é a travessia dos rios. Rios infestados por crocodilos constituem um elevado risco e muitos animais morrem.
A grande migração levou a UNESCO a classificar o Parque Nacional de Serengueti como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Referências:
http://www.eoearth.org/view/article/155980/
http://whc.unesco.org/en/list/156
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Serengeti_Plain
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biomas/serengueti/