Por Marina Martinez
Conservantes são substâncias naturais ou artificiais utilizadas para conservação de alimentos, produtos farmacêuticos, madeiras, tintas e vários outros produtos. A função dos conservantes é prevenir ou inibir o crescimento microbiano e evitar alterações químicas indesejáveis, mantendo assim a qualidade do produto e aumentando seu tempo de vida útil. Grande parte dos produtos presentes nas prateleiras dos supermercados e inclusos no cotidiano de pessoas em todo o mundo contém conservantes, que garantem uma longa vida destes produtos que podem ficar perfeitamente estocados ou armazenados por meses e até anos.
Existem muitos tipos de conservantes usados em diferentes produtos. Para conservação de madeira, geralmente são usados conservantes como o arsênico, cromo, cobre e borato que além de impedir o crescimento de fungos, também ajudam a repelir insetos e cupins.
Nos alimentos os conservantes são capazes de inibir, retardar ou deter o processo de fermentação, acidificação e outras deteriorações. São usados principalmente para manter as características (sabor, consistência e aparência) e o valor nutritivo dos alimentos. Alguns conservantes naturais têm sido utilizados por séculos em alimentos, como é o caso do sal e do vinagre, que são excelentes antimicrobianos. O sal provoca rapidamente a desidratação de qualquer bactéria que ousar em aparecer (a água do citoplasma passa muito rapidamente para o exterior da parede celular por osmose), e é muito útil na conservação de carnes e peixes. Porém não é eficaz o bastante para impedir alterações químicas, como a oxidação dos lipídios, deixando a carne e o peixe rançosos. O vinagre contém ácido acético - um poderoso antimicrobiano, também muito utilizado antigamente para fazer marinadas de carnes. Compostos como propionato de cálcio, nitrito de sódio, nitrato de sódio, sulfitos também são conservantes antimicrobianos muito comuns.
Muitos conservantes possuem ação antioxidante, que impedem que os alimentos fiquem rançosos (retardam a oxidação de gorduras que causa o ranço) e também impedem outros danos causados pelo oxigênio, como por exemplo, o BHA (butil hidroxianisol). Outros inibem o envelhecimento natural e descoloração que pode ocorrer durante a preparação dos alimentos, como o escurecimento das maçãs, após serem cortadas.
Um fato importante, a saber, é que nenhum conservante é utilizado nos alimentos, sem ter sido aprovado. Eles passam por uma bateria de testes e se por acaso provocarem algum efeito colateral, devem ser recusados. É dever do fabricante, garantir que o conservante utilizado é seguro o bastante para ser consumido. Os benzoatos, por exemplo, foram proibidos para consumo em vários países, devido ao seu papel no desencadeamento de alergias, asma e erupções na pele. Para saber se um produto possui conservantes em sua composição, basta ler os rótulos das embalagens que tem obrigação de estar informando ao consumidor.