A elastina é a principal proteína estrutural das fibras elásticas, tendões e ligamentos. É hidrofóbica, ou seja, é insolúvel em água graças a extensivas ligações cruzadas entre resíduos de lisina. Impede a passagem do sangue e elementos do sangue através da parede da aorta. É sintetizado a partir de um precursor, a tropoelastina, que é um polipeptídeo linear composto por cerca de 700 aminoácidos, secretada pela célula no espaço extracelular. A estrutura da elastina é composta por resíduos de aminoácidos como glicina, alanina, valina e prolina (grande quantidade), que são aminoácidos pequenos e apolares, lisina e pouca quantidade de hidroxiprolina e nenhuma hidroxilisina.
A elastina tem a função de ser muito resistente, mais ainda que o colágeno. É capaz de suportar grandes trações. Esta resistência é obtida pelo arranjo desordenado dos polipeptídeos, isso é fundamental para a elastina exercer a sua função. Essa cadeia polipeptídica frouxa e não estruturada possui ligação covalente cruzada, o que dá aparência de borracha. É encontrada em pequena quantidade na pele, nas paredes das artérias, pulmões e intestinos.
O colágeno, outra proteína estrutural, trabalha junto com a elastina. O colágeno dá rigidez aos órgãos e a elastina faz com que os órgãos possam esticar e retornar ao seu estado original, não permitindo que a elastina sofra ruptura. A elastina e o colágeno também estão juntos na derme, que é a camada abaixo da epiderme. Este conjunto fornece a estrutura de suporte para a pele.
Na puberdade o corpo humano passa a não produzir mais elastina, e o processo de envelhecimento se inicia. O colágeno começa a perder sua elasticidade e começa a enfraquecer. E a perda de tônus e elasticidade da pele faz com que as rugas comecem a aparecer. Existem algumas recomendações para se preservar a taxa de elastina no corpo, como evitar a exposição ao sol, drogas, comer alimentos que favoreçam a elastina, como alimentos ricos em ômega 3, comer sementes de uva. Essas sementes são ricas em polifenóis, que são antioxidantes, e promovem a síntese de elastina.
Referências bibliográficas:
http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11281716022012Bioquimica_aula_5.pdf
http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/3Conjunt.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/bioquimica/elastina/