Por Débora Carvalho Meldau
O licopeno é uma substância carotenóide que confere a cor avermelhada ao tomate, melancia, morango, entre outros vegetais, sendo que quanto mais intensa for a cor vermelha, maior a quantidade de licopeno. É um antioxidante que combate os radicais livres e retarda o envelhecimento.
Os radicais livres são moléculas produzidas durante funções normais do organismo (durante o processo de combustão do oxigênio) como, por exemplo, exercícios físicos e respiração, assim como durante o hábito de fumar, excessiva exposição ao sol, poluição do ar e estresse. Podem danificar células saudáveis do organismo, podendo levar ao desenvolvimento de diversas doenças, como por exemplo, o câncer, inclusive o de próstata.
Seu transporte no organismo ocorre por meio de lipoproteínas, em especial, o LDL (lipoproteína de baixa densidade), sendo que este possui a função de transportar colesterol para as células do corpo, levando também, juntamente, licopeno e betacaroteno. Seu principal local de estoque se encontra no fígado; outro local onde pode ser encontrado, é no tecido adiposo (em menor quantidade), dependendo da quantidade de gordura existente no organismo.
O tomate é a principal fonte de licopeno. Como esta subtância é absorvida melhor na presença de gorduras saudáveis, a adição de uma pequena dose de gordura monoinsaturada (como o azeite) facilita o transporte, a absorção e a ação do licopeno no organismo. Outra característica que aumenta a biodisponibilidade do licopeno é preparar o alimento cozido, pois no tomate cru o licopeno está em uma forma linear, já após o aquecimento, ele adquire uma conformação circular, a mesma encontrada na corrente sanguínea. O licopeno presente na melancia e no mamão é muito biodisponível (aproximadamente 60%), já no tomate cru é em torno de 13%, enquanto que este mesmo, cozido, sobe para 70%.