Purinas são bases nitrogenadas que compõem o nucleotídeo. Adenina (A) e Guanina (G) são purinas que, por ponte de hidrogênio, se ligam às pirimidinas Timina (T) e Citosina (C), respectivamente. Geralmente são pouco solúveis em água de pH neutro e bastante abundantes na natureza, uma vez que metade das bases do DNA são purinas.
A síntese de purinas se dá por dois meios: de novo, em que ocorre a partir de aminoácidos, gás carbônico, ribose e amônia; e salvamento, em que há a reciclagem de bases oriundas da degradação de nucleotídeos e nucleosídeos.
Existem outros tipos de purinas na natureza. Veja alguns exemplos:
- Hipoxantina: é um importante constituintes de ácidos nucléicos, encontrado no anticódon do RNAt (RNA transportador). É muito utilizada como aditivo em células e culturas de parasitas como substrato e fonte de nitrogênio.
- Xantina: é uma base púrica encontrada em vários tecidos do corpo humano e em vegetais, é um dos compostos responsáveis pela cor amarela da urina de animais (do grego, Xanthos = amarelo). Uma importante substância presente no grupo das xantinas é a Cafeína, composto químico de fórmula C8H10N4O2, encontrado em plantas e usado em bebidas sob forma de infusão como estimulante, é extremamente solúvel em água a altas temperaturas, não apresenta aroma e de sabor muito amargo.
- Teobromina: alcaloide primário, muito encontrado no fruto do cacau e, portanto, presente no chocolate. É utilizada pela Medicina como vasodilatador (que dilata o vaso sanguíneo) e estimulante do coração. Futuramente pode ser utilizada no tratamento de câncer também.
O metabolismo de purinas dá origem ao ácido úrico, composto orgânico cuja fórmula química é C5H4N4O3, muito encontrado na urina de mamíferos, enquanto que em aves e répteis, é excretado pelas fezes. O excesso de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) pode levar ao surgimento da gota, uma doença reumatismal em que os cristais de ácido úrico se depositam nas articulações do indivíduo, causando muita dor.
Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ácido_Úrico
https://web.archive.org/web/20110203034605/http://www.bioq.unb.br:80/htm/textos_explic/sint_ribo-pur.htm
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?219
https://web.archive.org/web/20130626233410/http://www.enq.ufsc.br:80/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/%E1cidos_nucl%E9icos.htm