Ricina

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Bioquímica
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A ricina consiste em uma proteína encontrada somente no endosperma das sementes de mamona (Ricinus communis L.). A concentração desta proteína na semente em questão pode variar de 1,5 a 9,7 mg/g, variando de acordo com o genótipo.

Esta proteína é uma das principais responsáveis pela toxidade da torta de mamona, além de ser também uma das proteínas mais tóxicas conhecidas até o momento.

A ricina, que possui aproximadamente 34 kDa, faz parte de um grupo de proteínas conhecidas como RIPs (sigla de Ribosome-Inactivating-Proteins), ou proteína inativadora de ribossomos. As proteínas pertencentes a este grupo penentram nas células e se ligam aos ribossomos, resultando na parada da síntese de proteínas celulares e, consequentemente, morte celular. Apenas uma semente de mamona contém ricina suficiente para levar uma criança à morte.

A exposição à ricina pode ocorrer por via oral, respiratória ou por injeções contendo esta proteína. Todos esses tipos de exposição podem levar à intoxicação. Contudo, a exposição acidental por ricina é muito difícil de ocorrer. A obtenção desta proteína e o seu uso teria que ser proposital, com intuito de envenenar alguém.

As manifestações clínicas de envenenamento por ricina costumam surgir dentro de 6 a 8 horas após o contato com esta proteína. O transtorno decorrente da intoxicação por ricina pode durar dias até semanas.

Na medicina, a ricina tem sido amplamente utilizada para eliminar células cancerígenas. Para que atinja exatamente o alvo, a toxina é ligada a um anticorpo que reconhece especificamente a célula que deseja exterminar.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricina

http://www.biodieselbr.com/plantas/mamona/ricina.htm

http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/publicacoes/cbm3/trabalhos/OLEO%20E%20CO-PRODUTOS/OCP%2007.pdf

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