Vitamina B5

Graduada em Ciências Biológicas (Unifesp, 2013)

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A vitamina B5 é um micronutriente essencial que faz parte do complexo de vitaminas B. Formada pelas moléculas de ácido pantotênico ou por pantotenato, moléculas que possuem um grupamento amida ligado a um aminoácido de β-alanina e a um ácido carboxílico D-pantóico.

Estrutura do ácido pantotênico.

Em animais, a principal função do ácido pantotênico é formar a molécula de coenzima-A (CoA), uma importante coenzima que atua na geração de energia durante os processos de metabolismo de açúcares, lipídios e proteínas e também na síntese de ácidos graxos e colesterol. Nesse contexto, CoA é uma enzima extremamente importante na síntese de colesterol, que por sua vez é muito importante para a função dos hormônios do organismo todo. CoA também é utilizada na acetilação e acilação de genes, modulando os padrões de expressão e tradução destes. Em termos “macroscópicos” o ácido pantotênico está relacionado com a síntese de hormônios adrenais, com a resposta do organismo frente a estresses produzindo cortisona, na síntese de esteroides, na formação de anticorpos, e na geração de energia a partir de lipídios, açucares e proteínas.

O ácido pantotênico é absorvido no intestino, após processos de hidrólises para deixa-lo em sua forma livre. Através de carreadores dependentes de sódio, o ácido pantotênico é internalizado, estocado e distribuído para todo o corpo.

Devido sua participação em processos biológicos tão generalistas e importantes, sua deficiência pode causar sintomas diversos, assim como deficiências em outras vitaminas do complexo B. Pode incluir fadiga, apatia, neuropatias, hipoglicemia, náusea, vômitos, distúrbios no sono e dores. A maioria das vitaminas do complexo B atuam juntas em algumas vias, e a deficiência de uma delas pode prejudicar o funcionamento das outras. No entanto a hipovitaminose B5 é considerada extremamente rara. Apenas casos de desnutrição são passiveis de terem deficiência em vitamina B5. Assim como outras vitaminas do complexo B, sua absorção tem uma taxa limite, fazendo com que não haja hipervitaminose desta vitamina e, portanto, não se tem relatados casos de toxicidade dela.

A origem do nome pantotênico vem do grego “pantothen”, que significa de todos lugares, isso por que ele pode ser encontrado em praticamente todos os alimentos mesmo que em pequenas quantidades. As fontes mais importantes de vitamina B5 são grãos integrais, ovos, semente de girassol, cogumelos e fígado. A suplementação com ácido pantotênico é usada para o tratamento de diversos problemas como para problemas cardíacos, colite, problemas respiratórios como asma, autismo, calvície, déficit de atenção, hiperatividade, hipoglicemia, pressão baixa, distrofias musculares, alcoolismo, obesidade, tensão pre-menstrual, doença de Parkinson, hipotireoidismo, problemas de pele, depressão, entre outros. No entanto ainda são necessárias maiores investigações científicas para estudar a eficácia de seu uso em cada caso.

A recomendação da Autoridade Europeia em Segurança do Alimento para o consumo de vitamina B5 para homens e mulheres acima de 11 anos, a Ingestão Adequada (IA) é a média de 5mg/dia. Durante o período da gravidez/lactação esse valor vai para 7mg/dia. Para crianças até 10 anos é 4mg/dia.

Referências:

"Pantothenic acid (Vitamin-B5), Dexpanthenol". Natural Standard Research Collaboration. U.S. National Library of Medicine. Disponível em:

< https://medlineplus.gov/druginfo/natural/853.html >

< http://www.whfoods.com/genpage.php?tname=nutrient&dbid=87 > acessado em 02/12/17

Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Dietary reference intakes for thiamin, riboflavin, niacin, vitamin B6, folate, vitamin B12, pantothenic acid, biotin, and choline. Washington, DC: National Academy Press; 1998;58-86

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Arquivado em: Bioquímica, Nutrição
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