A doença de Bowen designa carcinoma in situ e é considerada um estágio prematuro e não invasivo do carcinoma de células escamosa. Caracterizar-se como lesões em placa de contorno nítido, irregulares, salientes, eritematosas, descamativas ou verrucosas, hipo ou hiperpigmentadas e, que em alguns casos, podem ulcerar.
Até o momento, não há dados precisos sobre a incidência desta doença no Brasil. Surge com maior frequência em indivíduos acima de 70 anos da idade, especialmente nos membros inferiores. É mais comum em indivíduos do sexo feminino do que no masculino, permanecendo tipicamente como uma lesão única.
Da mesma forma que ocorre com o carcinoma de células escamosas, a radiação ultravioleta é o principal fator de risco para o desenvolvimento desta lesão.
Esta desordem é de evolução lenta, normalmente assintomática, embora seja possível a ocorrência de dor local, prurido, irritação e sangramentos. Muitas vezes pode ser confundida com a psoríase ou eczema.
O diagnóstico pode ser difícil, uma vez que é fácil confundir a doença de Bowen com doenças clinicamente similares, como eczema, psoríase, doença de Paget extramamária, dermatose papulosa nigra, líquen simples crônico, melanoma maligno, dentre outras. Uma forma de exame útil para o fechamento do diagnóstico de doença de Bowen é a dermatoscopia.
O tratamento pode ser não cirúrgico ou cirúrgico, sendo o primeiro feito por meio da crioterapia, terapia fotodinâmica e uso tópico de imiquimode. Os casos que não respondem ao tratamento não cirúrgico, ou em casos selecionados pelos especialistas, a cirúrgica pode ser uma opção.
Fontes:
http://cancerdepele.net.br/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/cancer/doenca-de-bowen/