O glioblastoma multiforme consiste em um tumor maligno cerebral primário, que acomete os seres humanos e envolve as células da glia, representando 20% de todos os casos de tumores intracranianos.
Trata-se de uma neoplasia rara, que afeta de 2 a 3 indivíduos a cada 100.000 na Europa e América do Norte, afetando indivíduos do sexo masculino em maior proporção. Existem dois subtipos desta neoplasia: glioblastoma de células gigantes e gliossarcoma.
As causas deste tipo de neoplasia ainda não foi bem elucidada. Aparentemente não há predisposição genética. O consumo de bebidas alcoólicas pode ser um fator de risco, bem como alguns vírus e radiação ionizante.
As manifestações clínicas incluem convulsões, náuseas, vômitos, cefaleia, hemiparesia e déficit de memória, ou ainda transtorno de personalidade ou neurológico, uma vez que há o envolvimento do lobo frontal ou do temporal. Tipicamente, o glioblastoma multiforme é assintomático, porém pode começar a produzir sintomas rapidamente.
O diagnóstico pode ser alcançado com exames de imagem, como ressonância magnética, revelando lesões com realce em anel. O diagnóstico definitivo é possível somente com uma biópsia ou ressecção do tumor após uma craniotomia.
A gestão desta neoplasia envolve o tratamento de suporte, visando aliviar os sintomas e melhorar a função neurológica do paciente, sendo comum a utilização de anticonvulsivantes e corticosteroides. Além disso, tratamentos paliativos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente e alcançar uma sobrevida maior incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Fontes:
http://www.braintumor.org/