A válvula que comumente é mais lesionada é a válvula mitral. Há dois tipos de valvulopatias mitrais:
- No caso de estenose mitral, quando a válvula entre o átrio e o ventrículo esquerdos não se abre adequadamente, levando a uma conseqüente hipertrofia do átrio esquerdo para conseguir expelir o sangue que ficou acumulado em seu interior.
- No caso de insuficiência mitral, no qual a válvula não consegue se fechar completamente, havendo uma dilatação progressiva do átrio esquerdo, para poder conter o sangue que reflui do ventrículo esquerdo.
Este tipo de valvulopatia pode permanecer quiescente por muitos anos, sem apresentar sintomatologia, como pode manifestar-se subitamente. As manifestações mais comuns são similares às da insuficiência cardíaca e normalmente agravam-se gradativamente, apresentando sensação de falta de ar, cansaço, náuseas, palpitações e, em situações mais avançadas, surgimento de edemas e inchaço das pernas e comprometimento do estado geral. Entretanto, a turbulência do fluxo sanguíneo no interior da câmara cardíaca e a insuficiência cardíaca podem levar a diversas complicações.
A terapêutica, nestes casos, visa tratar a evolução da insuficiência cardíaca e prevenir as possíveis complicações, devendo-se recomendar uma dieta pobre em sal e fármacos que normalizem a freqüência e otimizem a função cardíaca, como é o caso dos digitálicos, juntamente com diuréticos, anticoagulantes, antibióticos e antiarrítmicos. Nos casos mais graves, pode-se lançar mão do tratamento cirúrgico, através de um cateterismo cardíaco, para reparar o tecido valvular danificado, ou então, uma cirurgia para substituir a válvula mitral por uma prótese.
Fontes:
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=120
http://www.manualmerck.net/?id=45
https://web.archive.org/web/20140823160320/http://www.imcc-cardio.com.br:80/site2010/suasaude.php?cntId=58