A invasão portuguesa foi mais tardia no território cearense em relação aos demais estados litorâneos do Brasil. A tentativa de cultivo da cana-de-açúcar no Ceará foi falha. A criação de gado acabou sendo a mola propulsora da economia local, a partir da segunda metade do século XVII. Entretanto, a estiagem intensa prejudicou a criação de gado. Assim, o cultivo de algodão passou a ser o expoente da economia cearense. Mais recentemente, centenas de empresas nacionais e internacionais se instalaram no estado, atraídas por incentivos fiscais e pela mão de obra barata. Isso colocou o Ceará como o terceiro maior polo industrial do Nordeste.
Hoje, o estado é a 13ª economia do país. O Produto Interno Bruto (PIB) fechou 2013 com a marca de R$108,796 bilhões, representando pouco mais de 2% da fatia nacional, mas o equivalente a 15% do PIB do Nordeste. Os municípios que mais contribuem para a produção econômica estadual são: Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Sobral e Juazeiro do Norte. Por outro lado, o PIB per capita cearense é o quinto menor do país com o valor de R$12.393,39. Na divisão do PIB por setor, a agropecuária representa 5,3% da produção econômica estadual, seguida pela indústria (24,9%) e pelo setor de serviços (69,8%).
Na agricultura, os principais cultivos do estado são: cana-de-açúcar, banana, mandioca, coco-da-baía, milho, maracujá, melão, mamão e castanha de caju. Ceará é líder nacional na produção de castanha de caju – mais de 51 mil toneladas foram produzidas em 2014. Além disso, o estado possui a segunda maior produção do país em coco-da-baía, maracujá e melão. Já os cultivos de banana, feijão e mamão são o segundo maior de toda a região Nordeste. Entre os rebanhos, o estado tem uma boa produção de galináceos, bovinos, ovinos, suínos e caprinos, despontando como o terceiro maior produtor de ovinos do Brasil e o quarto maior de caprinos.
Ainda em relação ao primeiro setor, Ceará é líder nacional na produção de camarões. Em 2014, foram pescados mais de 35 mil toneladas destes crustáceos. Além disso, o estado tem a segunda maior produção de tilápias do Brasil. Outro produto que merece destaque é a uva, cultivo tipicamente subtropical, que vem se desenvolvendo em pleno semiárido cearense. Cerca de 25 hectares do estado produzem mais de 573 toneladas da fruta. Cidades como Missão Velha, Barbalha e Barro, localizadas próximas à divisa com Pernambuco, são algumas das produtoras de uva locais, que desenvolvem tal cultura graças às técnicas de irrigação adotadas na região.
Na indústria, os principais setores do estado são: construção, couro e calçados, alimentos, indústrias de utilidade pública e vestuário. Ao todo, mais de 15 mil empresas industriais atuam no território cearense. A maioria concentra-se na Região Metropolitana de Fortaleza, especialmente na capital e em cidades como Caucaia e Maracanaú. Na exploração mineral, o estado se destaca por possuir a maior jazida de urânio do Brasil, situada no município de Santa Quitéria, no sertão cearense. Mas as imensas e diversificadas jazidas de calcário do Ceará é que se colocam como a maior potencialidade mineral do estado.
Na relação com o mercado externo, o estado fechou 2015 com o saldo negativo da balança comercial. Enquanto as exportações atingiram US$1,04 bilhão, as importações ultrapassaram a marca dos US$2,68 bilhões. À frente dos produtos importados estão o gás natural, o trigo e o carvão mineral. Entre os exportados, encabeçam a lista, os calçados, o melão, o couro e a castanha de caju. Os principais destinos dos produtos cearenses são os Estados Unidos, a Holanda e a Argentina. Já os países que mais exportam para o estado são a China, a Colômbia e a Argentina.
Referências bibliográficas:
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SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/ceara/economia-do-ceara/