“Comprovar” significa “confirmar”, “corroborar”, ou ainda, “evidenciar” e “demonstrar” algo. A comprovação científica é, pois, o ato de (com)provar através de experimentos (evidências, demonstrações) diretos ou indiretos, ou ainda por métodos probabilísticos (demonstrações matemáticas) a veracidade de alguma hipótese ou teoria com base no “método científico”.
Assim como o “método científico” não constitui uma forma exata de proceder (como uma “receita de bolo”, ou um “manual”), mas antes um modelo de pensamento baseado no “mecanicismo/reducionismo” que norteia as pesquisas científicas, a “comprovação científica” de teorias nem sempre segue um mesmo procedimento ou caminho. Porém, podemos encontrar pontos comuns na comprovação de teorias científicas.
O primeiro passo é sempre a publicação da teoria e de eventuais experimentações (“eventuais”, porque o cientista tanto pode formular a hipótese com base em experimentos que ele mesmo realizou, como pode somente formulá-la baseado nos trabalhos realizados por outros cientistas) em algum periódico especializado. No caso de haver pesquisas que levaram a formulação da hipótese, o cientista deve fornecer todos os dados referentes à pesquisa com o intuito de que ela possa ser reproduzida (e testada) por qualquer pessoa em qualquer lugar e produza os mesmos resultados.
De modo geral, ao publicar sua teoria, o cientista sempre expõe os métodos utilizados, ou o raciocínio que o levaram a chegar àquela(s) conclusão(ões). Assim, outros cientistas podem questionar ou corroborar a hipótese formulada.
Entretanto, a história da ciência nos mostra que nenhuma verdade é absoluta. Mesmo teorias sólidas e aceitas pela maior parte da comunidade científica, como a “teoria da relatividade geral” ou a “teoria do big-bang”, não podem ser tomadas como irrefutáveis, pois a cada nova descoberta da ciência surgem questões que uma ou outra teoria não consegue explicar. Nestes casos pode ocorrer de, ao invés de se eliminar completamente a teoria (o que pode ocorrer), descobrir-se apenas, que seu campo de aplicação é mais limitado do que se esperava, ou de ser necessário reformular algum elemento da teoria, melhorando-a.
Esta mudança constante, ou incerteza, ao contrário do que muitos podem pensar, é algo essencial para o desenvolvimento da ciência, pois prova que estamos evoluindo e faz com que a ciência mantenha sempre seu caráter questionador sem o qual muitas das descobertas importantes não seriam feitas.