Trilha Sonora

Por Ana Lucia Santana
Categorias: Cinema, Música
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A música é reconhecida há muito tempo como uma arte peculiar, pois pode incentivar certas atitudes ou despertar algumas emoções particulares nos que a ouvem. Com seu potencial sensibilizador, tornou-se ferramenta essencial na construção da técnica narrativa em todas as tradições culturais, sendo assim conectada intimamente à produção e emissão da simbologia desejada.

Pode-se afirmar, portanto, que a trilha sonora consiste na instrumentalização da música e das sonoridades como fatores fundamentais na criação de uma história, seja qual for o veículo que irá transmiti-la – cinema, teatro, televisão, entre outros. É a totalidade das composições musicais apresentadas em uma película cinematográfica, nos programas televisivos, em videogames, etc. Esta definição abrange a música original, ou seja, aquela elaborada exclusivamente para uma produção artística; ou determinadas criações musicais e trechos de obras que já circulavam antes deste trabalho específico.

Desde o século XIX as películas cinematográficas são exibidas com o acompanhamento de orquestras ou pianos, principalmente na época do cinema mudo, quando os únicos sons produzidos eram os acordes tocados por um pianista ou pelos instrumentistas de uma orquestra.

Não há um consenso sobre a melhor forma de se conjugar o cinema e a música. Enquanto determinados pesquisadores acreditam que os sons devem se restringir a sua tarefa utilitária e, portanto, precisam estar sujeitos a critérios que definam seu nível funcional, outros consideram a música cinematográfica como um meio de expressão particular, com qualidades e normas estéticas intrínsecas. A trilha sonora não é, assim, secundária a nenhum outro elemento da produção, direção de arte, roteiro, etc.

Foto ilustrativa: Leszek Glasner / Shutterstock.com

Muitas vezes, por desconhecimento destas peculiaridades; pelos interesses que regem o mercado e impõem um número abusivo de gravações, ou a carência de recursos para produzir uma música de qualidade; ou até mesmo pela ignorância da técnica cinematográfica, gera-se uma trilha sonora artisticamente desprovida de valor. Estas inquietações devem ser igualmente estendidas às músicas que se ligam a outros veículos artísticos, como o teatro e a televisão.

A trilha sonora mais elaborada é a que torna a narrativa mais densa e rica, harmonizando-se com as outras técnicas cinematográficas e gerando uma experiência emocional original. Ela extrai o melhor de compositores clássicos, das suas criações menos conhecidas, que se transformam em peças célebres ao serem ouvidas em determinadas produções; ou é composta pelos frutos mais significativos dos instrumentistas modernos, que muitas vezes conhecem a fama quando têm seus nomes associados aos mestres do cinema.

Compor uma trilha sonora exige que os responsáveis por ela meditem com cuidado sobre seu desenvolvimento e manejem ferramentas e recursos teóricos compatíveis com o trabalho que está sendo empreendido. Uma produção bem realizada – ao equilibrar cuidadosamente o som, a imagem e as falas dos personagens - permite que a música imprima o caráter de um filme, a sua face específica, seja qual for o estilo musical empregado nesta obra.

Algumas canções são inseridas na gravação da trilha sonora de um filme sem necessariamente terem sido produzidas para essa obra em particular, ou sem que mesmo tenham sido tocadas ao longo do filme. Elas são como coadjuvantes em meio às músicas mais importantes, que realmente definem esta produção.

Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_sonora

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