Um dos componentes fundamentais do núcleo das células eucariontes é a carioteca, também conhecida como envoltório nuclear, envelope nuclear, invólucro nuclear ou, ainda, cariomemebrana. Trata-se de uma complexa estrutura, constituída por duas membranas lipoproteicas justapostas e revestidas internamente por uma lâmina de filamentos proteicos.
Na parte interna, encontra-se aderida à carioteca a lâmina nuclear, formada por uma rede de filamentos de proteinas de aproximadamente 10nm de espessura, cuja função é conferir sustentação e manter a forma do envoltório nuclear. Durante a divisão celular, a carioteca é desintegrada e as proteínas que compõem a lâmina nuclear são fosforiladas; no final do processo (telófase), ela é novamente formada nos núcleos resultantes.
A carioteca permite que o conteúdo nuclear seja quimicamente diferenciado do meio citoplasmático, assim, somente as moléculas apolares menores têm livre passagem, por difusão, pelas membranas lipoproteicas da carioteca. Substâncias maiores, como proteínas, RNA e moléculas polares, só podem entrar ou sair do núcleo por meio dos poros nucleares.
Em cada poro nuclear existe uma espécie de válvula denominada complexo do poro, estrutura protéica que se abre permitindo a passagem de algumas moléculas (especialmente as hidrossolúveis) e fecha-se em seguida. Estima-se que exista cerca de 2000 poros nucleares na carioteca de uma célula de um vertebrado, no entanto, essa quantidade pode variar de acordo com a função da célula.
É comum o emprego do termo membrana nuclear ao fazer referência à carioteca. No entanto, este termo não é adequado, uma vez que a carioteca é composta de duas membranas e não de uma apenas.
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Envoltório_nuclear
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo.php
Ilustração: http://bioglossario2.wikispaces.com/Carioteca