Peroxissomos

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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Peroxissomos, também chamado de peroxissoma, é uma organela celular esférica, limitada por membrana, presente no citoplasma, principalmente de células de animais, que possuem um diâmetro de 0,5 a 1,2 µm.

Assim como as mitocôndrias, estas organelas utilizam grandes quantidades de oxigênio, no entanto, não produzem ATP, não participando diretamente do metabolismo. Recebem esse nome por oxidar substratos orgânicos específicos, retirando átomos de hidrogênio e combinando-os com oxigênio molecular (O2). Essa reação resulta na produção de peróxido de hidrogênio (H2O2), uma substância oxidante muito prejudicial à célula, sendo imediatamente eliminada pela enzima catalase, também presente no interior dos peroxissomos.

A catalase usa o oxigênio do H2O2, transformando em H2O, para oxidar diferentes substratos orgânicos. Essa enzima também decompõe o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, segundo a reação: 2 H2O2 catalase → 2 H2O + O2.

Os peroxissomos apresentam maior diversidade em comparação com outras organelas, apresentando grandes diferenças enzimáticas em células diferentes. As enzimas em maior quantidade nos peroxissomos humanos são urato oxidase, D-aminoácido oxidase e catalase.

A β-oxidação dos ácidos graxos acontece nos peroxissomos e nas mitocôndrias. Estes ácidos são biomoléculas importantes como combustível para as células. No ciclo da β-oxidação, fragmentos com dois átomos de carbono são removidos sequencialmente dos ácidos graxos de cadeia longa (mais de 18 átomos de carbono), resultando em acetil-coenzima A (acetil-CoA), que é enviado para o citoplasma celular. O acetil-CoA é utilizado em diversas reações de síntese e pode penetrar nas mitocôndrias para fornecer energia. Os peroxissomos possuem outras funções como, por exemplo, participam da síntese de ácidos biliares e de colesterol no fígado.

A síntese das enzimas de peroxissomos acontece em polirribossomos livres no citoplasma. Uma pequena sequência de aminoácidos localizada próximo à extremidade carboxila da molécula enzimática é a responsável por determinar o destino dessas moléculas, funcionando como um sinal para a importação pelo peroxissomo. As proteínas com esse sinal são reconhecidas por receptores da membrana dos peroxissomos e introduzidas nessa organela, sendo assim, este aumenta de tamanho e se divide por fissão.

Fontes:
https://web.archive.org/web/20210506181613/http://faculty.une.edu/com/abell/histo/histolab2.htm
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.

Arquivado em: Citologia
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