Quimiotaxia

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A quimiotaxia trata-se do processo de migração das células em direção a um gradiente químico.

Existem dois tipos distintos de quimiotaxia:

  • Negativa: na qual as células se movem em sentido oposto de uma substância.
  • Positiva: na qual as células se movem em direção a um gradiente químico.

Este processo é altamente importante nos processos imunitários do organismo, como, por exemplo, numa resposta inflamatória. A quimiotaxia permite que os leucócitos migrem em direção a um gradiente quimiotático liberado no sítio inflamatório.

Substâncias exógenas e endógenas podem atuar como fatores quimiotáticos para os leucócitos, incluindo: produtos bacterianos; citocinas, em especial as quimiocinas; componentes do sistema complemento, principalmente o C5a; e produtos da via da lipoxigenase do metabolismo do ácido araquidônico, especialmente o leucotrieno B4. A chegada de leucócitos no local da inflamação ou infecção resulta de ações das várias combinações dos mediadores químicos.

As moléculas quimiotáticas se combinam a receptores específicos na superfície celular. Esta ligação leva a eventos de transdução de sinal no interior dos leucócitos, suscitando a montagem dos elementos contráteis do citoesqueleto, imprescindíveis para o movimento dessas células. Os leucócitos caminham projetando pseudópodes (pés falsos), que se ancoram na matriz extracelular, impulsionando a célula na direção da projeção. Este movimento é direcionado pela alta densidade de interações ligante quimiotático-receptor, situado na parte dianteira do leucócito.

Na maioria dos processos inflamatórios, os primeiros leucócitos que migram em direção ao sítio inflamatório são os neutrófilos, predominando no infiltrado inflamatório durante as primeiras 6 a 24 horas, sendo, posteriormente, substituído por monócitos, que, quando migram para os tecidos passam a ser chamados de macrófagos, dentro de 24 a 48 horas.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimiotaxia
Robbins Patologia Básica – Kumas, Abbas, Fausto e Mitchell, 8° Ed, 2008.

Arquivado em: Citologia
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