Quando os meteorologistas falam em umidade relativa do ar, eles estão se referindo à quantidade de líquido vaporizado que há na atmosfera em um determinado marco temporal comparado ao pico máximo que poderia atingir, em uma dada temperatura. Em certos momentos do ano a umidade sofre uma queda significativa no país, provocando inúmeros distúrbios orgânicos, particularmente no sistema respiratório.
Esta condição climática é mais comum no estágio final do inverno e no princípio da primavera, especialmente à tarde, entre 12 e 16 horas. Este problema é revertido quando ocorrem períodos de chuva, pois neste momento o índice pluviométrico dá início a um processo de evaporação que eleva a umidade na atmosfera. Em locais como florestas ou nas regiões vizinhas de rios ou represas também é possível perceber a umidificação do ar. A redução das temperaturas é igualmente um fator de crescimento da umidade, graças à formação do orvalho.
Quando, porém, a umidade cai, o ar se torna árido, atingindo às vezes um aspecto desértico, o sol brilha intensamente e as chuvas ficam quase o tempo todo ausentes; é neste momento que qualquer descuido pode provocar terríveis incêndios, em matas, parques, e até mesmo próximo a conjuntos residenciais. Muitas vezes a situação fica tão crítica que as autoridades chegam a declarar estado de emergência.
As crianças e os integrantes da terceira idade são os mais atingidos pelas condições provocadas pela baixa umidade do ar; alguns chegam a falecer em decorrência de complicações na respiração e de alergias mais sérias, causadas pela completa evaporação de líquido das mucosas.
Sintomas preocupantes são: o sangramento do nariz, a pele extremamente seca, olhos inflamados; além disso, este evento climático predispõe cardíacos e hipertensos a infartos e derrames. Hospitais e pronto-socorros costumam ficar repletos de pacientes com as mais variadas queixas nestes períodos. Hoje as regiões sudeste e centro-oeste são as que mais sofrem com esta situação.
Quando a umidade é medida entre 20 e 30%, considera-se a região atingida em estado de atenção, e nestas ocasiões é sempre melhor não realizar práticas físicas a céu aberto de 11 a 15 horas; é recomendado também o uso de vaporizadores, toalhas umedecidas, bacias com água nos quartos, beber muita água, entre outras providências úteis.
No estágio de alerta a umidade se encontra entre 12 e 20%, quando se acrescenta à lista de recomendações anteriores a total eliminação de exercícios físicos sob o sol das 10 às 16 horas, a não formação de multidões em recintos fechados, a utilização de soro fisiológico nos olhos e no nariz.
Com a umidade abaixo de 12%, chega-se ao estado de emergência. Nesta etapa é necessária, além de todas as prescrições inerentes aos outros níveis, a suspensão de qualquer tarefa realizada ao ar livre no horário das 10 às 16 horas, a interrupção de práticas que impliquem na reunião de indivíduos em locais cerrados, como salas de aulas, cinemas, entre outros, no mesmo período temporal, entre outras necessidades básicas.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20180310174226/http://www.cpa.unicamp.br:80/artigos-especiais/umidade-do-ar-saude-no-inverno.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/clima/baixa-umidade-do-ar/