A essência da palavra “Comunicação” se traduz em “Tornar comum”. É através do ato de se comunicar que os seres humanos podem expressar seus sentimentos, pensamentos, e obter respostas, ou seja se relacionar com o meio em que vivem. Apesar da fala ser um forte elemento na assimilação de informações e interação com o(s) outro(s) indivíduo(s), há outros recursos importantes que uma pessoa utiliza para se comunicar, tais como gestos, sorrisos, cores, expressões faciais, olhares, sons e melodias, choro... até mesmo a respiração fora do ritmo natural de uma pessoa pode trazer diversos significados. Curiosamente, a maneira de uma pessoa se comunicar sem utilizar a fala, é conhecida por mestres em expressão corporal como “Ação Orgânica” ou “Organicidade”.
Indícios de comunicação estão presentes desde os tempos de nossos mais remotos antepassados, que ao desenharem gravuras nas rochas de cavernas ou interior de grutas, eles já expressavam a necessidade de registrar mensagens sobre seus costumes e crenças. Esses registros são estudados até os dias atuais, e trazem valiosas informações sobre nossa própria espécie. A evolução desses registros (na medida em que simples traços passaram a ter significados otimizando a troca de informações) é a escrita, acompanhada de toda variante de idiomas, dialetos, símbolos e culturas de cada povo ou país do mundo, ela é reconhecidamente um grande avanço para a transmissão de mensagem humana, sendo um recurso utilizado faz milhares de anos.
Foi em meados do século XX que a comunicação como ciência começou a ser discutida nos meios acadêmicos, alguns nomes que se destacaram neste período foram: Theodor Adorno, Marshall McLuhan e Paul Lazarsfeld. E antes de ser reconhecida como ciência à parte (e não como mero veículo para que outras ciências fossem aprofundadas), a Grécia Antiga já promovia o estudo da Retórica, como uma habilidade de discursar e persuadir pessoas, fazendo parte da grade de disciplinas primordiais para os estudantes.
A grande discussão acadêmica dos anos 90 foi um fenômeno chamado “Globalização”, quando o planeta aderia a rede global de comunicações, e as informações eram passadas em tempo real para todos os habitantes que estivessem conectados ou ainda, o impacto nas redes de televisão e jornais, entre outros veículos de comunicação de massa, onde já não era preciso esperar dias ou até semanas para terem acesso a material para divulgação de uma notícia, devido às novas tecnologias. Apesar de alguns poucos países do globo ainda não disponibilizarem internet para a população, e ainda, alguns países se encontrarem em faixa de pobreza extrema – fato que deixa, por motivos óbvios, os investimentos em inclusão digital em segundo plano - o processo tornou-se irreversível, e em sua maioria, a internet torna-se cada dia mais acessível, e o uso de redes sociais revoluciona diversos segmentos: por exemplo, a maioria das empresas passam a ter relação diferente com o consumidor (o diálogo entre consumidores parece derrubar a barreira da propaganda enganosa), monitorando sistemas popularmente difundidos como Twitter e Facebook – até que venha o próximo ícone da comunicação virtual.
Bibliografia:
NEVES, Roberto de Castro, Comunicação Empresarial Integrada. Ed Mauad,2009.
Dicionário de Teatro, Patrice Pavis.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/comunicacao/comunicacao/