O trabalho de edição consiste em adaptar determinados textos jornalísticos, publicitários ou técnicos à base mais adequada – vídeo, DVD, livro, um site – e neste formato lançá-lo ou propagá-lo em um determinado transmissor midiático. Editorar é, portanto, administrar o processo de divulgação das obras de natureza periódica e as eventuais, tais como literatura, revistas, cadernos, panfletos, entre outros. Atualmente o trabalho editorial engloba igualmente todo tipo de impressos e objetos eletrônicos, por exemplo, CDs, fitas, websites e CD-Roms.
O trabalhador deste campo tem como função lidar com os aspectos temáticos e formais de uma obra, desde a escolha do que será publicado até a recepção do produto final pelo leitor. Assim, unem-se neste esforço editores de arte e de texto, designers gráficos, webdesigners, revisores, profissionais de marketing e produtores que examinam criteriosamente se o lançamento deste produto é realmente apropriado para o mercado e o contexto que se têm em vista, além de escolherem a melhor maneira de divulgá-lo.
Percorrendo esta jornada empreendedora, estes profissionais convertem a inspiração de um determinado escritor em um meio de comunicação democrático e prático para um certo conjunto de leitores. Este trabalho se inicia com a escolha e a preparação dos originais, segue com o plano gráfico, a diagramação e finalmente a produção gráfica já voltada para a impressão do resultado final. Mas a parte visual é apenas uma etapa desse processo, portanto não é semelhante ao design visual, próprio de quem se forma em desenho industrial. A editoração eletrônica, um dos momentos deste sistema produtivo, também não é sinônimo de editoração.
Alguns editores se enquadram na adaptação de textos para legendas, outros para amoldar informações da área farmacêutica no conhecido estilo de bulas de remédios, outros ainda são responsáveis por editar publicações periódicas ou pequenos comunicados, seja no formato impresso ou eletrônico. Também há profissionais encarregados de produzir páginas de CD-ROM ou no universo virtual.
Já o editor de texto precisa ter um perfil mais específico, pois é indispensável que ele apresente uma boa formação cultural e intelectual, amplo conhecimento geral, além de revelar uma grande paixão pela leitura e pela escrita, pois ele se ocupará essencialmente do texto, seu principal instrumento de trabalho.
Há profissionais desta área que têm uma maior inclinação para o setor gráfico, podendo optar pela elaboração de páginas na Internet ou pelo trabalho de criação visual em livros infantis, por exemplo. Outro espaço promissor é o de marketing editorial, no qual o trabalhador reflete sobre as condições mercadológicas apropriadas para a recepção de uma obra, se ela é ou não passível de ser vendida em um determinado contexto, se há público para ela, como inserir este produto no mercado, além de traçar planos para sua publicidade e venda.
Ainda são poucas as graduações em Editoração no Brasil, entre elas as principais são as da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e as de Produção Editorial na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade Anhembi Morumbi. Mas a maior parte das editoras ainda absorve profissionais de outros campos, como os de jornalismo, biblioteconomia, design gráfico, publicidade, letras, história e filosofia, pois poucos editores têm ciência da existência destas faculdades, além de haver ainda pouca procura por eles, e portanto um baixo número de estudantes lançados no mercado editorial. Esta tendência vem, porém, mudando, e um percentual maior de graduados nesta área está sendo procurado pelas editoras.
Fontes
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u13651.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Editoração