Gondwana

Por Rosana Gandini

Doutorado em Geociências (USP, 2015)
Mestrado em Geologia Sedimentar (UNISINOS, 2008)
Graduação em Ciências Biológicas (UNISINOS, 2006)

Categorias: Continentes, Geologia
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Gondwana foi um supercontinente que existiu ao sul da linha do Equador, por volta de 200 milhões de anos atrás, durante o Período Triássico, que incluía a junção de terras dos atuais continentes da Antártida, América do Sul, África, Índia, Austrália, Nova Zelândia, Madagascar, Nova Guiné, Nova Caledônia, além das Ilhas Seicheles. O supercontinente de Gondwana se originou da separação com as terras ao norte do Equador, e que deram origem ao supercontinente Laurásia, a partir da fragmentação do megacontinente chamado Pangeia (do grego Pan = todo, Gea = Terra), que significa “todas as terras”, ou “terras unidas”, que existiu há ± 540-200 milhões de anos, do Período Cambriano ao Permiano, durante a Era Paleozóica.

A existência do supercontinente Gondwana foi proposta pelo cientista Alfred Wegener, que baseado na observação das linhas de costa da América do Sul e África, propôs que estes se encaixariam, assim como todos os outros continentes, onde formariam um megacontinente, o Pangeia.

Para confirmar sua teoria, Wegener utilizou de evidências e dados paleontológicos e sedimentológicos, como a presença de fósseis da flora de Glossopteris, fósseis de répteis de Mesossauros, e de evidências da glaciação no período permo-carbonífero, que ocorrem tanto na América do Sul quanto na África, em locais correlacionáveis do ponto de vista sedimentar.

Os supercontinentes de Laurásia e Gondwana, e a direção das placas. Ilustração: Lermot / Shutterstock.com

A fragmentação do Gondwana aconteceu a partir da separação das placas africana e sul-americana, com a ruptura iniciando no sentido sul-norte, e, consequente formação do Oceano Atlântico entre as duas placas, ainda no Período Triássico (±250 a 200 milhões de anos).

Bibliografia

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.

http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Geologia-4007.html

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