O regionalismo ocorre quando há um grupo particular de elementos linguísticos em uma localização geográfica delimitada. Geralmente, origina-se de fatores históricos da cultura regional, sendo o dialeto uma de suas principais formas de expressão.
O Brasil, país com imensa extensão territorial, possui uma infinidade de regionalismos. Sua população foi formada pela mistura de diversas nacionalidades provindas da Europa e da África, que, por sua vez, misturaram-se com os nativos que habitavam a nação. Além disso, o povoamento do país ocorreu de forma desigual e em várias áreas diferentes e distantes entre si.
Por exemplo, em São Paulo houve a colonização feita por diversos povos, entre eles os italianos. Assim, nota-se a influência da língua italiana no sotaque do paulista. O mesmo ocorre com os outros Estados, onde a maneira de falar e os dialetos são bastante característicos. Os modos de expressão e representação de ideias ou histórias podem, muitas vezes, ter a intenção de atingir um mesmo conceito ou sentimento, mas, são expressas com uma gama infinita de variáveis da língua.
Foi no século XIX que ocorreu no campo literário a produção de obras de cunho saudosista. Naquela época, buscava-se retomar de forma romântica do Brasil dos séculos anteriores (XVI / XVII / XVIII). Desta forma, diversos autores começaram a traduzir as peculiaridades regionais em suas obras. Eles expressavam a realidade social e momentos históricos de determinada localização. O regionalismo da época é dividido entre rural e urbano.
Outro objetivo da literatura regionalista daquele período era representar as diferenças entre realismo e idílio, letra e oralidade, região e nação, cidade e campo, além da utilização das características do passado como forma de denunciar as falhas no presente.
Devido à época em que tiveram seu início, os estudos sobre regionalismo são feitos começando pelas obras de Gonçalves Dias, José de Alencar e Bernardo Guimarães. Outros escritores que representam esta escola literária são Alfredo d'Escragnole Taunay, Franklin Távora, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Guimarães Rosa.
No ano de 1872, José de Alencar publica a obra Til, onde são apresentados costumes regionais, vida no campo e linguagem local. Além disso, são retratados aspectos como a idealização da natureza, amor e inocência, subjetividade e a fragilidade.
Os principais livros regionalistas da época romântica são: A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, Inocência, de Visconde de Taunay e O Sertanejo, de José de Alencar.
Entre estes autores, encontram-se os sertanistas, que ajudaram a tornar o sertanejo como um símbolo da autenticidade do Brasil. Ele se torna a representação que rema contra a influência do Europeu, principalmente no Rio de Janeiro.
Fontes:
http://www.spiner.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1291http://pt.wikipedia.org/wiki/Regionalismo
http://educacao.uol.com.br/literatura/regionalismo-literatura-das-peculiaridades-do-brasil.jhtm
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/02/24/913532/estude-os-livros-obrigatorios-da-fuvest-e-unicamp-2013-til-jose-alencar.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/cultura/regionalismo/