Uma tempestade é "promovida" a furacão uma vez que adquira uma circulação de sentido anti-horário e velocidades do vento de 39 milhas por hora ou maior. Em seguida, é atribuído o próximo nome em ordem alfabética na lista de nomes do ano, do Tropical Prediction Center (Centro de Previsão Tropical) em Miami.
Nos primeiros dias da meteorologia, as tempestades dos Estados Unidos eram referidas a partir de uma combinação de latitude/longitude representando o local onde a tempestade se originou. Esses nomes eram difíceis de lembrar, de difícil comunicação e sujeito a erros. As populações das ilhas do Caribe nomeavam as tempestades de acordo com o santo do calendário litúrgico católico romano celebrado no dia em que ocorria o furacão, a exemplo do furacão "San Felipe". Quando dois furacões aconteciam na mesma data, (em anos diferentes), os furacões eram referidos por nomes como "furacão San Felipe primeiro" e "furacão San Felipe segundo".
Durante a Segunda Guerra Mundial, meteorologistas militares que trabalhavam no Pacífico começaram a usar nomes de mulheres para as tempestades, tornando a comunicação mais fácil, sendo que em 1953 a prática foi adotada pelo Centro Nacional de Furacões para uso em tempestades originárias do Oceano Atlântico. Os nomes dos furacões se tornaram assim parte da linguagem comum e a consciência pública de furacões aumentou dramaticamente.
Atualmente, os nomes de furacões são determinados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), sediada em Genebra. Esta organização é responsável pela atualização do clima das seis regiões do mundo (os Estados Unidos está localizado na região quatro, que inclui a América do Norte, Central e Caribe). No caso das tempestades tropicais do Atlântico, o Centro Nacional de Furacões criou seis listas de nomes de furacões, mantidos e atualizados pela OMM por uma comissão de votação internacional. As listas contêm nomes em francês, espanhol, holandês e inglês, pelo fato de afetarem várias nações e serem monitorados por várias agências, sendo necessário assim, um nome em uma língua já conhecida e de fácil leitura.
As seis listas são utilizadas periodicamente, pois, a cada seis anos elas são reutilizadas. A lista de nomes de 2010, por exemplo, será usada novamente em 2016. Os nomes dos furacões incluíam anteriormente nomes de A a Z, mas listas recente deixaram de trazer nomes iniciados com Q, U, X, Y e Z porque não há nomes suficiente começando com essas letras para incluí-los. Caso uma tempestade seja realmente devastadora como o Katrina de 2005, acontece uma votação na OMM para determinar se seria apropriado utilizar o nome futuramente. Caso o nome seja retirado da lista, outro nome que tenha a mesma letra inicial é escolhida para substituição.
Bibliografia:
MELINA Remy. How Are Hurricanes Named? (em inglês). Disponível em: <http://geology.com/hurricanes/hurricane-names.shtml>. Acesso em: 14 nov. 2012.