História da utilização do Alumínio

Por André Luis Silva da Silva

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Categorias: Curiosidades
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O elemento químico alumínio apresenta-se em condições ambientes como um metal sólido, de baixa densidade, macio e extremamente resistente. Quando impuro possui um aspecto cinza prateado e fosco, o que se deve a uma fina camada de óxidos que rapidamente se forma em sua superfície quando exposto ao ar. Sua densidade é aproximadamente um terço da do aço. É um metal extremamente maleável (só perde para o ouro na capacidade de formar lâminas) e dúctil, apresentando também uma grande resistência à corrosão, devido mais uma vez à sua camada protetora de óxido. É altamente resistente ao calor, tendo sua aplicação comum em panelas de cozinha.

A história do alumínio é muito vasta, tendo raízes na Roma antiga, quando se empregava a pedra-ume como mordente em tinturarias, que se tratava de um sal duplo de alumínio e potássio. O isolamento inalgural do alumínio é atribuído a Friedrich Wöhler, o que teria ocorrido em 1827. O nome alumínio foi atribuído a Humphrey Davy em 1827.

O alumínio é um metal encontrado em abundância na crosta terrestre, aproximadamente 8%, mas raramente é encontrado em sua forma livre. Suas atuais aplicações industriais são recentes, sendo produzido em escala industrial e difundido no mundo todo somente a partir do final do século XIX. Quando descoberto constatou-se que a sua separação das rochas que o continha era dispendiosa e complexa. Assim, durante algum tempo, fora considerado um metal precioso, chegando a ser considerado mais valioso do que o ouro ou qualquer outro metal. Conta-nos a história que a nobreza alimentavam-se com talheres de alumínio, enquanto que talheres de prata eram utilizados pelos serviçais.

Com o avanço dos processos industriais de obtenção, os preços foram baixando, até que em 1889 houve uma queda ainda mais pronunciada, o que se deu devido à descoberta anterior de um método relativamente simples de extração do metal. Hoje, um dos fatores que promovem a sua utilização e estabilidade de seu valor econômico é a sua reciclagem.

Em relação ao seu processo de obtenção, várias etapas foram incorporados aos métodos tradicionais. Henri Deville, em 1859, promoveu melhorias no processo de obtenção do alumínio quando substituiu o potássio por sódio e o cloreto de simples por duplo. Posteriormente, ainda mais se avançou na extração deste metal a partir de seu mineral. Com o processo Bayer, descoberto ainda no mesmo ano, permitiu a obtenção e difusão do alumínio para uma multiplicaidade de aplicações sequer imaginadas na época. Entretanto, a obtenção do alumínio a partir de sua reciclagem, a partir da década de 1960, se generalizou em muitos países, por razões econômicas e ambientais.

Referências:
EPSTEIN, Lawrence M.; ROSENBERG, Jerome l.; Química Geral, (Coleção Schaum), Porto Alegre: Bookman, 2003.
JONES, Chris J.; A Química dos Elementos dos Blocos d e f, Sociedade Brasileira de Química, Bookman, São Paulo/SP – 2002.
MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J.; Química: um curso universitário, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.

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